Executando verificação de segurança...
12

🚨Vibe Coding Não Vai Te Tornar Sênior!

Às vezes, me pego refletindo sobre as transformações que acontecem no mundo do desenvolvimento de software. De uns tempos para cá, surgiu um termo que tenho visto bastante em fóruns, YouTube e até mesmo no LinkedIn: o tal do "vibe coding". A expressão fala sobre "entrar na vibe" e praticamente esquecer que existe código por trás de tudo. A ideia é usar inteligência artificial para gerar código a partir de descrições em linguagem natural, como se bastasse dizer "quero um cadastro de usuários" para ter tudo pronto magicamente.

Incrível, né? Quem nunca sonhou em agilizar o desenvolvimento, economizar esforço e pular direto para a parte "final" do projeto? Nos primeiros prompts e rascunhos, parece até uma espécie de mágica: você descreve o que quer e a IA cospe um bloco de código que… funciona! Ou deveria funcionar. Mas foi só no momento de lidar com questões mais complexas que "seu" código vai virando uma bagunça, por melhor que a IA seja. Fora que não dá para evoluir como desenvolvedor ignorando a compreensão real do que está acontecendo lá embaixo, nos bastidores da aplicação.

A grande promessa é acelerar o desenvolvimento e reduzir a barreira de entrada. Muita gente que está começando curte essa abordagem porque é um jeito rápido de ver resultados na tela. Ao simplesmente aceitar o código gerado sem entender a lógica, a sintaxe e as boas práticas envolvidas, podemos ficar reféns de uma espécie de "caixa preta". Quando surge um bug ou quando precisamos escalar o sistema, a magia se desfaz e a gente percebe que não dá para pular as etapas essenciais de aprendizado.

A ilusão da "velocidade" sem profundidade

É verdade que o vibe coding possibilita criar MVPs ou pequenos scripts bem rápido. Mas esse ganho aparente de velocidade pode se tornar um obstáculo quando nos deparamos com projetos complexos que exigem decisões de arquitetura, padrões de projeto, testes robustos ou refatoração. Nesses casos, não dá pra cortar caminho: precisamos conhecer a linguagem, entender os algoritmos, as estruturas de dados e tudo que envolve aquele projeto.

Você quer crescer na carreira de dev? Quer se desenvolver como programador? Sinto muito, mas "vibe coding" não vai te levar para o nível sênior. Para crescer na carreira de desenvolvimento, não basta saber "fazer funcionar"; é preciso entender por que aquilo funciona e como pode ser otimizado, mantido e escalado. Você vai lidar com situações que exigem pensar na arquitetura do sistema, na segurança, na performance, nas integrações e em tantos outros detalhes que vão aparecendo enquanto o software cresce.

Um desenvolvedor sênior tem a missão de desenhar soluções, identificar pontos fracos, liderar equipes e ensinar profissionais mais novos. Tudo isso pede uma bagagem sólida, uma visão mais ampla do projeto como um todo e um domínio profundo das tecnologias envolvidas. Se estamos acostumados a só dar "comandos" para a IA, sem mergulhar na lógica e nos fundamentos, nada disso vai acontecer.

Por isso, acredite: se o seu objetivo é evoluir na carreira, não negligencie as bases sólidas, o famoso sentar a bunda na cadeira até entender o que está acontecendo ali atrás do seu VSCode. É nessa consistência que nasce a verdadeira maturidade técnica.

Sendo assim, aproveite as vantagens da IA, mas use do jeito certo. Não esqueça de tirar um tempo (vai precisar de muito tempo...) para estudar os fundamentos. É nesse equilíbrio que a mágica verdadeira acontece: quando você domina a ferramenta, em vez de ser dominado por ela.

Carregando publicação patrocinada...
6

Aparentemente as pessoas se doeram com os post, mas uma pessoa que programa casualmente ou melhor "vibe coding", jamais sequer irá chegar tão longe no mercado como junior, imagine como outra senioridades... A área de tecnologia é um estilo de vida. Todos podem tentar, se esforçar, mas nem todos conseguem,e geralmente os que não conseguem é por não ter paixão o suficiente na área e outras caracterísicas, sendo a principal: Gostar de resolução de problemas, lógica, matemática, dentre outras.

As pessoas acham que existe bala de prata... Nunca passa na mente sobre esforço e persistência, focam o resultado, que na maioria das vezes está errado quando se trata de IA, a menos que você queria um servidor local usando Node ou algo do tipo, ai não tem como errar...

Seu post é muito informativo, mas apenas alguns iram levar a sério. Sabe por quê? Porque a pessoa que leva isso a sério (vibe coding) não vai escutar ou ver, neste caso. Talvez salve um ou outro, mas a maioria quer apenas o fácil, e o mercado não é fácil, digo isso por experiência ou até inexperiência.

Talvez essas pessoas nuncam pararam para pensar: Se IA Pode fazer, por que alguém iria me contratar? Basta o carinha do café escrever no prompt que o mesmo ocorre. A única coisa preciso é os promps certos, e os promps certos só vêm de quem tem estudo sobre o assunto.

2

Isso até deveria ser óbvio, mas não é para muitos. Senioridade vem justamente por fazer o difícil, é pegar o caminho espinhoso e não o atalho.

Eu diria até para não usar a IA até se tornar bom. Imagine você na 1a. série aprendendo fazer contas e já usar a calculadora. A calculadora é aceitável no mínimo no ensino médio, se bobear só na faculdade ou trabalho real. Por que a IA tem que ser antes? Tenho motivos para acreditar que deveria ser até depois. Usou IA para qualquer coisa educacional, a não ser que seja um trabalho de IA mesmo, essa pessoa já está mentindo para si mesma e arruinando seu futuro, em maior ou menor grau. E saõ essas ésspas que depois vão lamentar que o mercado está uma droga, que a empresas são safadas, que tudo dá errado pra elas.

Sabe que eu fico pensando e talvez só da pessoa pensar nisso provvelmente ela nunca se tornará sênior.

Claro que não existem coisas imutáveis, esse "nunca" é relativo, a pessoa pode mudar a atitude e aí abrir o caminho para progredir e pode até vir a ser sênior. O problema é que geralmente quando a pessoa pensa assim ela já tem várias coisas que não funcionam bem e ela não vai querer procurar um outro caminho, até porque ele será muito mais árduo. Primeiro porque a pessoa está com vícios, é mais difícil saná-los para pegar o caminho correto. Segindo que a pessoa está mal acostumada e a mudança será brusca, ela não está saindo de um nível um pouco abaixo para um pouco acima. E por último, mesmo que a pessoa realmente queira provavelmente ela não está preparada para seguir o caminho correto. Mas novamente, não é impossível e o primeiro passo é aceitar que está no caminho errado.

A atitude é algo muito importante no crescimento da pessoa, não é só o que ela usa, é tudo o que ela faz e pensa.

Eu dou essas respostas mais duras e muitas pessoas agradecem, fazem pensar e até tentam mudar, com maior ou menor sucesso, alguns até desistem, mas ajuda alguma coisa. Também tem algumas pessoas, bem menos por sorte, que me atacam por essa visão pessimista e isso é uma dessas atitudes que já está minando a pessoa e será extremamente difícil fazer essas mudarem seu destino. Até torço para alguém ter mais competência que eu nisso e ela melhore, mas está cada veez mais difícil porque "todo mundo" quer agradar para ser querido e quem ganhar alguma coisa com isso. E sigo firme porque se eu beneficiar 1 e desagradar 50 já estou no lucro (e costuma ser o contrário).

EU falei sobre Vibe Coding no começo do hype: https://www.tabnews.com.br/maniero/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-vibe-coding-e-sua-importancia-vai-ser-longo. Geralmente só ganha aopio do "convertidos".

S2


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui no perfil também).

1

Peguei um codigo de 650 linhas e inseri um erro propositalmente. Copiei o código na IA que costuma resolver os problemas simples para ela tentar identificar. Ela me deu várias soluções, e sempre não conseguia resolver. Postei novamente o codigo todo e pedi que ela me dissesse a última linha que ela enxergava, e descobri que ela enxergava só até uma parte, tipo, menos de 400 linhas.

Então eu quebrei o código em duas partes e mostrei as duas para ela, que dessa vez deu uma solução que até funcionou, mas quebrou duas outras partes do código, e para tentar resolver ela bagunçou cada vez mais o código, gerando até duplicação de variáveis.

Agora vamos refletir. Se em um projeto simples de um único arquivo ela teve essa dificuldade toda, imagine em um grande projeto com diversos arquivos, algumas vezes combinando mais de uma linguagem?

Além do mais, quando alguém vai pedindo para a IA gerar codigo sobre código, ela mistura tudo que é coisa, não modulando o código nem criando funções com responsabilidade única. Depois em uma urgência, não tem quem consiga entender aquele código sem gastar muitas horas ou dias.

1

Claro, ninguém vai se tornar sênior utilizando IA. Mas eu tava com um baita preconceito. Fui testar e me surpreendi. Em 1 hora, eu criei todo o meu front com um design muito bonito, com o roteamento das páginas tudo certinho,tudo muito responsivo, com sistema de logica básica de manipulação de elementos na tela.

Baixei o o código e me surpreendi mais ainda. Apesar do código não estar cada coisa no seu devido lugar, não tinha muita coisa acoplada nem nada incompreensível. Tem código de júnior por aí, muitíssimo pior. Em 5 dias eu reorganizo o codigo todo, conserto alguns erros, coloco tudo no seu devido lugar e trabalho no que é importante, as regras de negócio, o banco e a api.

Ao final, subo o projeto em uma instancia da aws, e tenho meu projeto pronto e rodando em poucquissimo tempo. Sem isso, eu teria que pensar em todo o fluxo, funções básicas e o design, teria q pensar no projeto todo. Foi literalmente "mágica", eu dei a ideia sem nem saber direito em como isso poderia ser feito em termos de UX e UI. A IA entendeu tudo e literalmente deu vida ao que eu estava pedindo.

Nunca mais vou por tanto a mão em código de front, nem ficar pensando nas ideias que eu tenho, porque é sempre aquilo... de repente, algum dia, eu poderia criar um projeto, dedicar tempo a isso mas o que sempre rola é que nunca sai do papel, aliás, nem nunca vai pro papel.

Não, agora cada ideia é um potencial produto novo.