A verdadeira pergunta para entender quando não seremos mais insubstituíveis.
O ano é 5300. Um mundo onde os humanos já não existem, e uma sociedade robótica totalmente autônoma controla o planeta, com alta capacidade de adaptação às mais diversas situações.
Em um dado momento, a empresa OpenNI (Natural Intelligence) anuncia uma descoberta sem precedentes: a síntese de uma nova ferramenta — um Cérebro. Diferente de qualquer sistema existente, esse Cérebro era totalmente autônomo, racional e, acima de tudo, opinativo.
Sua diferença fundamental em relação à sociedade vigente estava no fato de que não apenas entendia o que acontecia, mas também compreendia contextos, aprendia com influências externas e gerava insights únicos, capazes de mudar completamente o rumo de uma decisão. Enquanto os robôs da época funcionavam de forma puramente lógica e previsível, o Cérebro trazia capacidades inéditas:
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Tomada de decisão com múltiplas influências: não se limitava ao cálculo de eficiência, mas pesava fatores subjetivos.
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Aprendizado adaptativo: conseguia lidar com situações novas sem depender de programação prévia.
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Visão criativa: sugeria caminhos alternativos, abrindo espaço para soluções inesperadas.
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Formação de opinião: podia discordar, argumentar e influenciar os rumos de uma rede inteira.
A essa habilidade singular de integrar influências diversas e moldar a evolução social deu-se o nome de CULTURA.
Após a revelação da OpenNI, as ações da empresa — e de todas as concorrentes que rapidamente entraram na corrida — dispararam repentinamente. A promessa não era substituir os robôs existentes, mas integrar o Cérebro a uma sociedade que até então só conhecia a lógica pura. A Cultura passou a ser vista como uma força capaz de influenciar tanto positiva quanto negativamente a evolução da rede, inaugurando um novo capítulo na história dessa civilização.
Sei que essa parece ser só uma história boba, e realmente é.
Mas, quando pensamos sobre a na nossa substituição, olhamos sempre pela ótica de nossa sociedade vigente, a ideia aqui foi apresentar a ideia de :
E se fosse o contrário ? Se fosse em uma sociedade artificial que o natural surgisse ? Se você consegue pensar nas implicações que isso faria a essa suposta sociedade robótica, será que somos tão substituíveis?