Fraudes expostas: O pagamento do transporte coletivo está protegido?
Participei de uma reportagem importante sobre fraudes no transporte coletivo. Aqui está o que você precisa saber.
Em 2024, a cidade de Ponta Grossa enfrentou um grave esquema de clonagem de cartões do transporte coletivo, que causou um prejuízo superior a meio milhão de reais à empresa concessionária. A investigação revelou que a causa principal foi a utilização de cartões com criptografia defasada, do tipo MIFARE Classic, ainda amplamente usados em sistemas de bilhetagem pelo país.
Fui convidado a contribuir tecnicamente com essa pauta e tive a oportunidade de explicar, como especialista em segurança da informação e defesa cibernética, como essas tecnologias vulneráveis permitem ataques como clonagem, interceptação de dados, rastreamento de usuários e ataques de repetição — todos com potencial de causar danos financeiros e de privacidade.
Expliquei na matéria a importância da adoção de cartões mais seguros, como o MIFARE DESFire, que utilizam criptografia AES-128 e autenticação mútua, e também recomendei a implementação de inteligência artificial para detecção de fraudes em tempo real. Essas medidas não são apenas boas práticas — são urgentes e necessárias.
A nova bilhetagem, ConectaPG, adotada após a operação do Gaeco, trouxe avanços importantes, e segundo as autoridades, agora há maior controle financeiro e monitoramento proativo de anomalias.
📰 A reportagem completa, feita pela jornalista Laura Urbano Janiaki, foi publicada na revista Nuntiare, da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Compartilho essa matéria não apenas por minha participação, mas porque acredito que debater segurança digital no transporte público é um passo essencial para cidades mais inteligentes, inclusivas e protegidas.
Como deficiente visual e profissional da área, sigo com meu propósito de tornar a tecnologia mais segura, acessível e transparente para todos.