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MrJ
6 min de leitura ·

📜Manifesto Pessoal - MrJ

Uma empresa estrangeira nada mais é do que a exploração gourmetizada da nossa capacidade de execução.

Eu estava pensando aqui: Se todos os trabalhadores são brasileiros, dos desenvolvedores juniores até os CEOs locais. Se a energia elétrica é nossa. Se a infraestrutura é nossa e se o código foi escrito por dedos brasileiros, não existe justificativa lógica para o lucro líquido ser enviado para fora. O sistema atual nos convenceu de que isso é "investimento estrangeiro", mas, na prática, é um dreno. Estamos construindo o castelo, limpando o chão, gerindo a corte, mas pagando aluguel para um rei que mora em outro continente apenas porque ele detém um papel assinado dizendo que a "ideia" é dele. A remessa de lucros é o sangue da nossa economia vazando por uma ferida que nos recusamos a estancar. Tudo o que foi produzido, foi feito aqui. O lucro deveria ficar aqui.

Dinheiro é poder, mas o poder deveria se curvar diante do conhecimento.

A hierarquia do mundo está invertida. Aceitamos passivamente a ideia de pagar royalties e licenças de software como se fôssemos eternos aprendizes. Mas pense comigo: sério que vamos continuar pagando outros pela inteligência que a nossa própria equipe já adquiriu? É como se, ao aprender a pescar, você fosse obrigado a dar metade dos peixes para quem te vendeu a vara, para sempre. A propriedade intelectual, nesse modelo, vira uma armadilha. O conhecimento não é um troféu para ficar na estante de uma corporação em Delaware; ele é um fluxo vivo. Nós não somos apenas nós; somos o resultado do que aprendemos com os outros. Mas privatizar esse aprendizado e cobrar aluguel eterno sobre ele é o freio de mão da nossa evolução.

As Big Techs não são líderes de inovação, são tentáculos de controle que sufocam a revolução.

Olhe para o mercado. Vendem-nos a ilusão de que o capitalismo global é uma meritocracia de ideias, mas se isso fosse verdade, cada região do mundo teria seus próprios gigantes tecnológicos adaptados à sua cultura. Teríamos um ecossistema digital brasileiro, outro indiano, outro russo. O que temos, na verdade, é uma monocultura. As Big Techs funcionam como tentáculos que oprimem a evolução de novas ideias. Elas criam "zonas de abate". O ecossistema de startups, que muitos idolatram, virou um processo seletivo silencioso e terceirizado. O objetivo de 99% das novas empresas não é mudar o mundo, é "perfumar" o CNPJ para ser comprado. Ninguém quer derrubar o rei; todos querem ser convidados para a corte. Isso não é inovação, é submissão.

A lição da Ásia e do DeepSeek: quem quer dominar o mundo não avisa, trabalha na surdina.

Enquanto o Ocidente (e nós, por tabela) vivemos do vício em holofotes, gritando promessas no LinkedIn e buscando manchetes para inflar valuation, existe um mercado paralelo operando no silêncio. A China entendeu isso. O caso do DeepSeek ou do Gemini 3 é a prova cabal. Eles não ficaram fazendo eventos de lançamento para prometer o futuro; eles focaram em engenharia pesada, em eficiência de custo, em fazer funcionar onde os outros falham. É a estratégia da "surdina". Quem precisa de atenção constante é quem está inseguro ou querendo vender algo rápido. Quem quer construir soberania trabalha nas sombras até que o produto seja tão inegável que não possa mais ser ignorado. Quando eles aparecem na mídia, o jogo já acabou: eles já ganharam.

Precisamos abrir as fronteiras com o Open Source e vender o único ativo que não se copia: o tempo.

Aqui está a chave para virar a mesa. Eu particularmente acho que pagar patentes é um atraso. A inteligência deve ser livre. A nossa estratégia deve ser o ataque via Open Source. Quebrem as barreiras da propriedade intelectual entregando o código, mas cobrem caro pela conveniência.
O modelo de negócio do futuro soberano é simples: vender a diminuição do tempo.
Se alguém pode pegar nosso código e fazer rodar de graça em 50 minutos de configuração complexa, ótimo. Mas se essa pessoa quiser isso rodando instantaneamente, com um clique, ela paga. Nós não vendemos o software (que é conhecimento comum), nós vendemos a paz de espírito e a velocidade. É assim que monetizamos sem criar cercas.

O Brasil deve ser o nosso laboratório de validação, mas o mundo deve ser o nosso caixa.

Chega de correr atrás do próprio rabo tentando competir apenas no mercado interno. Precisamos mudar a mentalidade: o mercado interno é para validar. É a nossa "sandbox". Usamos nossa cultura, nossa gente e nossa escala para testar, estressar e melhorar o produto. Se funcionou aqui, no caos brasileiro, funciona em qualquer lugar.
Mas a fatura? A fatura a gente manda para fora.
Se construímos um sistema, traduzimos e exportamos no dia seguinte. Se gostamos de um produto, entramos em parceria para vender lá fora. O dinheiro forte está lá, a inteligência bruta está aqui. Precisamos parar de importar soluções e começar a exportar eficiência. É hora de o Brasil deixar de ser a fazenda de talentos do mundo para ser a fábrica de soluções do mundo.


Aviso brutal: se você leu tudo isso, concordou, sentiu a raiva subir, mas amanhã sentar na cadeira para codar uma feature que vai enriquecer um acionista que nem sabe apontar o Brasil no mapa, você não é uma vítima do sistema. Você é o combustível dele.
Enquanto você busca "estabilidade" e um salário em dia, eles buscam império e monopólio. Enquanto você pede aumento, eles compram concorrentes. A diferença entre quem lidera e quem obedece não é técnica, é de atitude. O seu cérebro é o recurso mais valioso dessa cadeia, e você o está alugando a preço de banana em troca de uma falsa segurança. A escolha final não é sobre tecnologia, é sobre legado: ou você começa a construir o seu navio agora, na surdina, linha de código por linha de código, ou aceita que passará o resto da vida remando no convés do barco dos outros. O mar não perdoa quem só sabe obedecer.


A Crom (crom.run) não é uma promessa, é um canteiro de obras a céu aberto.

Eu não estou apenas escrevendo palavras bonitas; estou construindo a saída. A Crom é onde estou produzindo, testando, falhando, criando conteúdo e me mobilizando. É o meu laboratório de soberania. Considere isso um convite para ver como a engrenagem gira por dentro. Mas, entenda bem: este não é um chamado para você se tornar um seguidor. O mundo já está cheio de "líderes" e vazio de executores. Você não precisa da Crom para começar. A internet está repleta de projetos Open Source pedindo socorro, de bibliotecas abandonadas esperando um novo dono, de problemas reais implorando por solução.

Não espere por nós. Comece sozinho, mas comece armado.

O que você precisa não é de mais um curso ou de um mentor. O que você precisa é de um domínio registrado no seu nome e uma VPS sob o seu controle. Você precisa parar de consumir e começar a "hostear". Vá agora nos seus repositórios privados do GitHub, aqueles que você tem vergonha de mostrar, e termine o que começou. Vá naquelas notas arquivadas do Google Keep que você escreveu às 3 da manhã e nunca mais leu.

Resgate aquele sonho de criança megalomaníaco que o "mundo adulto", com seus boletos e burocracias, te convenceu a enterrar. Aquele projeto que você abandonou porque disseram que "não dava dinheiro", é exatamente ele que pode te dar a liberdade.

Não deixe para planejar o "momento perfeito". Use seu computador para hospedar. Use IA. Saia de casa para validar. Não se enterre antes da hora. Use todos os seus erros e acertos da sua vida. Só Haja!

Haja!

Ontem, hoje e amanhã.

- Juan Cândido
Idealizador da Crom

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Pelo que entendi, você está usando um manifesto socialista/nacionalista pra divulgar um empreendimento pessoal, e também seus canais sociais. Acho que você tá comprando uma briga que vai te dar muita dor de cabeça.

Nada contra, concordo com o texto. Mas o momento em que estamos tá bem conturbado e não há como obter mobilização para algo assim, estando o país tão polarizado. Daqui a pouco começam a chegar os comentários "vai pra Cuba".

Tá foda!!
Boa sorte aí, sucesso.

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destinado aos 3 downvotes: por que hate de uma pessoa só?
não vai mudar nada ficar em silêncio. pelo menos, expresse tua opinião aqui embaixo para que eu e outros entendamos SE REALMENTE faz sentido e se deveríamos concordar com A, B, X, Y, ou Z.
senão, os downvoters serão nada além de um mero cair de uma árvore no meio da floresta. jamais uma real contribuição.
deve existir um motivo, e estou pronto para ler. qual?
mensagem curta? down vote
não foi a favor do mainstream? down vote
pertubou alguns corações? down vote
não elogiou ou adulou alguma imagem ou personalidade? down vote
TEXTO MUITO LONGO? down vote

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Sentar e codar amanhã? Amanhã é domingo, eu vou é ir trilhar, kkkk. Tenho coisas mais importantes q brincar de revolucionário, kkkkk.

Mas sério. Não entendo exatamente qual seu motivo de buscar por um texto patriótico, mas ao meu ver vc está vendendo isso de forma errada. Sinto menos seguro em colocar meus dados em um software de um revolucionário do q nas grandes e malvadas big techs q vc critica. Vai saber tbm o q vc fará com meus dados. Bem, opinião minha.

Mas boa sorte ai, espero q ache pessoas q ajude apoie no seu projeto.

E só pra deixar claro, não dei nenhum downvote pq não desperdiço negativando, prefiro dar upvotes para aqueles q merecem, e claro, comentar qndo acho q preciso comentar. Um comentário com uma crítica/conselho, ao meu ver vale mais do q -1 downvote, pois gosto de fazer as pessoas refletirem mais sobre o q estão lendo.

Edit: Ah, e se um dia vc crescer, ai talvez eu use, mas nesse momento é complicado, pois é questão de confiança. Em qm confiar mais? É isso q vc está vendendo, e como eu disse, vc está vendendo isso de forma mto ruim.