Cientistas conseguem, pela primeira vez, fazer um laser atravessar uma cabeça humana

Pesquisadores demonstraram uma técnica que pode unir a profundidade de análise da ressonância magnética funcional (fMRI) — cara, de grande porte e capaz de acessar regiões cerebrais profundas — com a praticidade e o baixo custo do eletroencefalograma (EEG), que é portátil, mas limitado às camadas mais superficiais do cérebro.

Em um experimento com um voluntário, a equipe mediu o tempo que milhões de fótons levaram para atravessar sua cabeça, saindo de um laser de 1,2 watt com comprimento de onda de 800 nanômetros até alcançar um detector posicionado do outro lado. Cada tempo registrado correspondia a um possível caminho percorrido por um fóton.

O objetivo agora é estudar como essa tecnologia pode ser aplicada em ambientes clínicos, especialmente no monitoramento da saúde cerebral. Apesar do avanço, os pesquisadores destacam que a técnica ainda está distante da aplicação prática. O próprio estudo não gerou imagens das regiões profundas do cérebro — apenas demonstrou a viabilidade de atravessá-lo com luz.