Cientistas desenvolvem “câmera de perovskita” capaz de enxergar dentro do corpo humano
Pesquisadores da Northwestern University e da Soochow University apresentaram o primeiro detector à base de perovskita capaz de registrar raios gama individuais com precisão inédita para exames de imagem SPECT.
A inovação promete tornar o procedimento mais nítido, rápido, acessível e seguro, ampliando o uso da tecnologia em hospitais e clínicas. Para os pacientes, os benefícios incluem menor tempo de escaneamento, imagens mais claras e doses reduzidas de radiação.
As perovskitas, uma família de cristais já reconhecida por avanços em energia solar, mostraram-se uma alternativa aos materiais atualmente utilizados nesses detectores. O telureto de cádmio-zinco (CZT) pode custar de centenas de milhares a milhões de dólares por câmera, além de ser frágil e difícil de fabricar. O iodeto de sódio (NaI), por sua vez, embora mais barato, é volumoso e gera imagens borradas.
No estudo, os cientistas cultivaram cristais de alta qualidade e projetaram sensores pixelados semelhantes aos encontrados em câmeras de smartphones, alcançando níveis recordes de clareza e estabilidade. A tecnologia já está em processo de comercialização pela startup Actinia Inc.