Cloudflare reescreve seu principal sistema em Rust e obtém ganhos de desempenho e segurança
A Cloudflare anunciou uma atualização expressiva em sua infraestrutura, que reduziu o tempo médio de resposta em 10 milissegundos e aumentou o desempenho em 25%, segundo testes independentes realizados por redes de distribuição de conteúdo (CDNs).
O FL — considerado o “cérebro” da Cloudflare — é responsável pela aplicação de regras de segurança, mitigação de ataques DDoS, roteamento de tráfego e diversas configurações personalizadas de clientes. Até então, ele operava em LuaJIT, utilizando o framework OpenResty.
Em julho de 2024, a Cloudflare iniciou uma reconstrução completa do sistema, batizada de “FL2”. A nova versão foi desenvolvida em Rust e utiliza o framework interno Oxy, o mesmo que já alimenta serviços críticos como o Apple iCloud Private Relay e o Cloudflare Zero Trust Gateway.
Segundo a empresa, o Rust elimina classes inteiras de erros comuns em linguagens como C e Lua, como falhas de memória e data races, enquanto o Oxy permite realizar atualizações sem interromper conexões ativas. Além disso, o FL2 utiliza menos da metade do consumo de CPU e memória em comparação com o FL1.
A migração completa está prevista para ser concluída até o fim de 2025, com a desativação definitiva do sistema anterior no início de 2026. Paralelamente, a Cloudflare também está reescrevendo em Rust o serviço de terminação HTTP e TLS — o último componente ainda baseado em NGINX.