Ex-executivo de cibersegurança do WhatsApp acusa Meta de expor bilhões de usuários
Attaullah Baig, que atuou como chefe de segurança do WhatsApp entre 2021 e 2025, moveu um processo contra a Meta alegando que a empresa ignorou falhas internas nas defesas digitais do aplicativo e expôs bilhões de usuários. Segundo ele, a companhia violou sistematicamente regulamentos de cibersegurança e retaliou suas tentativas de denunciar os problemas.
Baig afirma que cerca de 1.500 engenheiros tinham acesso irrestrito a dados de usuários sem supervisão adequada, podendo mover ou roubar informações como contatos, endereços IP e fotos de perfil. Ele também acusa a Meta de não solucionar invasões e sequestros de mais de 100 mil contas por dia, ignorando seus alertas e propostas de correção em favor da priorização do crescimento da base de usuários.
A ação aponta que a Meta deixou de implementar medidas básicas de segurança, como manuseio adequado de dados e sistemas de detecção de violações.
Baig sustenta ter levado repetidas preocupações a executivos seniores, incluindo o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, e o CEO da Meta, Mark Zuckerberg. Ele relata ter sofrido retaliações crescentes desde seus primeiros alertas em 2021, incluindo avaliações negativas de desempenho, advertências verbais e, por fim, sua demissão em fevereiro de 2025 por alegado “baixo desempenho”.
Em resposta, o vice-presidente de comunicações do WhatsApp, Carl Woog, classificou as declarações de Baig como alegações que deturpam o trabalho contínuo da equipe.