GPT-5 consome 8,6 vezes mais energia que seu antecessor, segundo estudo
Pesquisadores estimam que o GPT-5 consome, em média, pouco mais de 18 Wh por consulta. Considerando as 2,5 bilhões de requisições diárias relatadas do ChatGPT, o consumo total de energia poderia chegar a 45 GWh – equivalente à produção de dois ou três reatores nucleares, cada um gerando entre 1 e 1,6 GW por hora, energia suficiente para abastecer um país pequeno.
O estudo aponta que gerar uma resposta média de 1.000 tokens com o GPT-5 pode consumir até 40 Wh, com média de 18,35 Wh, contra 2,12 Wh para o GPT-4. Entre os modelos analisados, o GPT-5 apresentou consumo superior a todos, exceto o o3 da OpenAI (25,35 Wh) e o R1 da Deepseek (20,90 Wh).
Apesar dos números, a metodologia do estudo possui limitações. O consumo de energia foi estimado a partir do tempo de resposta do modelo e do consumo médio do hardware utilizado, cujo detalhamento não é divulgado pela OpenAI. Os pesquisadores supõem que o GPT-5 esteja operando em sistemas Nvidia DGX H100 ou H200 hospedados na Microsoft Azure. Para calcular o consumo, multiplicaram o tempo de resposta pelo consumo estimado do hardware, considerando também componentes que não são GPU, como CPUs, memória, armazenamento e sistemas de refrigeração.
O GPT-5 utiliza um design chamado mixture-of-experts, no qual nem todos os parâmetros estão ativos em todas as consultas, o que reduz o consumo em interações curtas. Entretanto, o modelo possui um modo de raciocínio com processamento estendido, que pode aumentar o consumo entre cinco e dez vezes para a mesma resposta, ultrapassando 40 Wh por consulta.