Interfaces cérebro-computador conseguem detectar pensamentos pré-conscientes, levantando questões sobre privacidade
Em um experimento clínico, uma mulher paralisada voltou a tocar músicas usando um implante cerebral. O sistema captava a atividade do cérebro dela quando imaginava tocar um teclado virtual e convertia isso em notas reais.
No entanto, o implante também conseguia prever a intenção dela de tocar uma nota antes de ela ficar consciente dessa intenção. Isso ocorreu porque o implante não estava apenas na área motora, mas também na região do cérebro responsável pelo planejamento e tomada de decisão. Isso abre possibilidade para BCIs mais rápidas, precisas e úteis, inclusive para tratar doenças psiquiátricas. Porém, também significa que dispositivos poderão acessar partes extremamente íntimas da vida mental de uma pessoa.
Empresas podem, por exemplo, ter controle sobre os dados captados e vender informações sensíveis ou fazer inferências sobre saúde mental ou preferências dos usuários.