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Pesquisadora propõe uso de organismo vivo como motor biológico de criptografia

O SlimeMoldCrypt tem como objetivo reforçar a criptografia utilizando organismos viscosos conhecidos como bolores de limo (slime molds). A proposta é que os tentáculos desses organismos gerem padrões “intrinsecamente resistentes” à decriptação computacional, incluindo por máquinas quânticas, segundo a idealizadora do projeto, Stephanie Rentschler.

Rentschler destaca que o projeto ainda é especulativo. Ele não possui testes laboratoriais com resultados públicos ou revisados por pares.

O SlimeMoldCrypt, que incorpora uma placa de desenvolvimento Raspberry Pi Pico, depende do bolor vivo physarum polycephalum, cuja “rede de tentáculos em constante mudança” pode servir como semente para chaves de criptografia imprevisíveis. A utilização do dispositivo exige que o operador cuide do organismo para manter a criptografia ativa.

De acordo com a pesquisadora, a manipulação de três fatores ambientais — luz, umidade e nutrição — influencia a vitalidade do bolor. Quanto maior o cuidado dispensado, mais vibrante será o movimento celular, aumentando a entropia da criptografia, de maneira semelhante a brinquedos digitais como os Tamagotchis.

Embora Rentschler não tenha detalhado o processo, as imagens capturadas do bolor provavelmente são convertidas em sementes de números aleatórios para alimentar o algoritmo de criptografia.

O método se assemelha à técnica utilizada pela Cloudflare com uma parede de lâmpadas de lava, na qual cerca de 100 lâmpadas geram padrões imprevisíveis de movimento, cor e luz, capturados por uma câmera e transformados em dados de entropia. Esses dados são combinados com outras fontes de aleatoriedade do sistema, fornecendo a base para chaves criptográficas seguras e tornando a geração de números aleatórios muito mais difícil de prever ou replicar.

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