Pesquisadores decodificam dados digitais armazenados em plásticos
Cientistas conseguiram codificar uma senha de 11 caracteres em cadeias químicas conhecidas como oligouretanos, um tipo de plástico sintético. Embora esse material já fosse estudado como meio de armazenamento de dados, a leitura das informações exigia equipamentos sofisticados e de alto custo, como espectrômetros de massa.
Para superar essa limitação, a equipe desenvolveu um sistema portátil e eletroquímico, mais acessível e que pode, futuramente, ser integrado a placas de circuito. Utilizando pulsos elétricos controlados, foi possível decodificar a sequência molecular armazenada no plástico sem a necessidade de aparelhos complexos.
O equipamento utilizado, um potenciostato, custa cerca de 10 mil dólares — valor significativamente inferior ao de um espectrômetro de massa, que pode ultrapassar centenas de milhares de dólares.
O novo método abre caminho para aplicações como etiquetas de segurança em produtos, registros médicos invioláveis e até pequenos cofres de dados ocultos em objetos do cotidiano. No entanto, o processo ainda é relativamente demorado, sendo necessárias cerca de 2,5 horas para analisar cada sequência de 11 caracteres.