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Pesquisadores realizam primeiro registro sem fio da atividade cerebral humana

Pesquisadores da Universidade de Michigan conseguiram, pela primeira vez, registrar sinais da atividade cerebral humana de forma totalmente sem fio, utilizando o dispositivo Connexus — uma interface cérebro-computador implantável, projetada para restaurar a comunicação e os movimentos em pessoas com distúrbios neurológicos graves.

O experimento foi realizado durante uma cirurgia para epilepsia, quando o dispositivo foi temporariamente inserido no lobo temporal do paciente — região associada ao processamento de sons e da memória. Como a cirurgia já exigia acesso ao cérebro, a equipe pôde testar o Connexus com segurança, sem adicionar riscos ao procedimento.

Com dimensões próximas às de uma moeda de um centavo de real, o Connexus possui uma matriz de alta densidade com 421 microeletrodos, cada um mais fino que um fio de cabelo. Esses sensores captam sinais elétricos de neurônios individuais e os transmitem por um fio fino até um transceptor implantado no tórax. De lá, os dados são enviados sem fio a um computador externo, onde algoritmos interpretam os padrões neurais e os convertem em ações, como mover um cursor na tela ou gerar fala sintetizada.

Ao registrar sinais de neurônios individuais, o Connexus promete uma decodificação cerebral mais precisa e sofisticada — essencial para restaurar velocidades naturais de comunicação, melhorar o desempenho da interface e até auxiliar no tratamento de transtornos mentais ou dor crônica, ao interpretar emoções e desconfortos diretamente da atividade cerebral.

Outro diferencial do dispositivo é sua compatibilidade com ferramentas cirúrgicas já amplamente utilizadas, o que pode acelerar sua adoção em centros médicos ao redor do mundo.

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