Pesquisadores sugerem que busca do Google é dominante porque usuários não consideram outras opções
Dados citados na ação judicial dos EUA contra o Google, envolvendo acusações de monopólio nas buscas online, indicam que 9 em cada 10 pesquisas na internet são feitas pelo Google. O Bing, seu concorrente mais próximo, representa apenas 6% das buscas.
Um grupo de acadêmicos recrutou cerca de 2,5 mil participantes pagos e monitorou remotamente suas atividades de busca em computadores ao longo de vários meses. No estudo, parte dos participantes — a maioria recebendo 10 dólares — foi incentivada a usar o Bing em vez do Google por duas semanas. Após o término dos pagamentos, os participantes puderam escolher entre voltar ao Google ou permanecer no Bing.
Cerca de 75% retornaram ao Google, mas aproximadamente 22% continuaram usando o Bing semanas depois. Segundo os pesquisadores, a experiência demonstra que, ao testarem alternativas, os usuários podem mudar seus hábitos de busca e reduzir a percepção da superioridade do Google.
Convencer usuários a experimentarem outras opções é um dos pontos centrais do julgamento. Algumas autoridades envolvidas na ação se inspiraram diretamente nesse estudo. O Google, por sua vez, argumenta que sua liderança se deve a investimentos e inovação, e que “as pessoas usam o Google porque querem, não porque são obrigadas”.
A empresa paga cerca de 26 bilhões de dólares por ano para garantir que buscas feitas em dispositivos como iPhone, Mac, celulares Samsung e navegador Firefox sejam direcionadas ao seu motor de busca. O juiz que analisa o caso destacou o impacto desses pagamentos no mercado.