Pesquisadores usam luz em vez de eletricidade para gerar imagens com IA

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles desenvolveram uma nova técnica para gerar imagens com IA utilizando luz em vez de eletricidade, tornando o processo mais rápido e energeticamente eficiente. A tecnologia, chamada de modelo generativo óptico, combina processadores digitais com processadores analógicos que realizam cálculos usando fótons (partículas de luz).

Atualmente, modelos generativos de IA para criação de imagens consomem grandes quantidades de energia elétrica devido à complexidade dos cálculos em computadores tradicionais.

No novo método, um modelo digital de IA atua como “professor”, ensinando o modelo óptico, ou “aluno”, a transformar ruídos aleatórios em imagens. O modelo óptico converte esses ruídos em “sementes ópticas”, padrões de fase da luz, que passam por dois dispositivos de cristal líquido chamados moduladores de luz espacial. O primeiro cria o padrão, e o segundo, o processador difrativo, decodifica os dados para formar a imagem final capturada por um sensor, permitindo que a geração ocorra praticamente à velocidade da luz.

Os testes da equipe produziram imagens preto e branco e coloridas com qualidade comparável à de sistemas tradicionais.

Apesar do potencial, a tecnologia não deve substituir os modelos digitais convencionais, sendo mais indicada para sistemas visuais analógicos, em que o processamento é feito diretamente para o olho humano, como em aplicações de realidade aumentada e realidade virtual. Nesses casos, a IA poderia enviar apenas as “sementes ópticas” ao dispositivo, e o processamento final seria realizado pela própria interação da luz com o sistema de projeção.