Executando verificação de segurança...
1

Recursos por assinatura em carros podem aumentar risco de vigilância governamental

A conclusão vem de uma análise de mais de vinte documentos policiais dos EUA, que indicam que agências de segurança do país têm sido treinadas para explorar os recursos de conectividade dos veículos em investigações criminais. Isso ocorre porque muitas dessas funções dependem de conexão constante com a internet, o que transforma os carros em fontes contínuas de dados sensíveis.

A quantidade e o tipo de dados coletados variam conforme o fabricante, o modelo e até mesmo o provedor de internet utilizado. Veículos com assinaturas ativas — como os da GM, equipados com o serviço OnStar — transmitem informações de localização com mais frequência do que modelos equivalentes de outras marcas.

Embora algumas montadoras, como a GM, afirmem exigir ordens judiciais para fornecer dados de localização, muitas liberam essas informações mediante simples intimações. Segundo senadores norte-americanos, apenas a Tesla notifica os usuários quando seus dados são requisitados por autoridades.

Entre os métodos utilizados estão o “ping”, que permite a localização em tempo real de um dispositivo, e o “tower dump”, que consiste na solicitação de todos os dispositivos conectados a uma determinada torre de celular em um intervalo de tempo — prática que pode incluir dados de pessoas não relacionadas à investigação.

Especialistas em privacidade alertam que a maioria dos consumidores desconhece a extensão da vigilância à qual está sujeita e, em muitos casos, não deu consentimento explícito para a coleta dessas informações. Além disso, mesmo com os recursos por assinatura desativados, alguns veículos continuam se comunicando com os servidores das montadoras, transmitindo dados regularmente.

Paralelamente, há preocupações entre policiais de que as empresas possam interromper o fornecimento dessas informações a qualquer momento.

Carregando publicação patrocinada...