Sandia, laboratório científico e tecnológico dos EUA, liga supercomputador inspirado no cérebro humano

O laboratório nacional Sandia, dos EUA, colocou em operação um supercomputador baseado na arquitetura SpiNNaker 2, desenvolvida pela empresa alemã SpiNNcloud.

Inspirado no funcionamento do cérebro humano, o sistema dispensa o uso de GPUs e armazenamento interno, sendo capaz de simular entre 150 e 180 milhões de neurônios — uma fração dos cerca de 100 bilhões presentes no cérebro humano.

A arquitetura foi criada por Steve Furber, um dos pioneiros da Arm, e adota um design altamente paralelo: são 48 chips por placa de servidor, cada chip com 152 núcleos e aceleradores especializados. Cada chip contém 20 MB de memória SRAM, e cada placa inclui 96 GB de memória externa LPDDR4. A comunicação entre chips é feita em alta velocidade, o que elimina a necessidade de armazenamento centralizado e garante acesso rápido aos dados mantidos em SRAM e DRAM.

A instalação da Sandia conta com 24 placas e um total de 175.000 núcleos. O sistema opera sem sistema operacional e sem discos, adotando uma abordagem de computação orientada a eventos, que permite realizar simulações complexas com eficiência energética superior à de arquiteturas baseadas em GPU.

Segundo o CEO da SpiNNcloud, os ganhos de eficiência do SpiNNaker 2 o tornam particularmente adequado às exigentes demandas computacionais de aplicações em segurança nacional. Ele afirma ainda que o sistema será direcionado a “problemas de defesa de próxima geração”.