Segurança do Museu do Louvre, maior do mundo, é classificada como ultrapassada e inadequada
Um relatório oficial elaborado antes do roubo das jóias da coroa, ocorrido na manhã do último domingo, classificou os sistemas de segurança do Museu do Louvre como desatualizados e insuficientes. O documento apontou falhas graves, incluindo a ausência de equipamentos básicos, como câmeras de vigilância (CCTV), e destacou que a modernização dos sistemas vinha sendo adiada repetidamente.
De acordo com o relatório, as câmeras foram instaladas de forma parcial, geralmente apenas durante reformas nas salas, o que deixou grandes áreas sem cobertura. Na ala Denon — onde está localizada a Galeria Apolo, alvo dos ladrões — cerca de um terço das salas não possuía câmeras de vigilância.
O texto também observa que o crescimento no número de visitantes acelerou a obsolescência dos equipamentos e ressalta que o museu dispunha de 160 milhões de euros que poderiam ter sido investidos na atualização do sistema de segurança. Após uma reunião de emergência, foi determinada a instalação imediata de novas câmeras.
A mídia francesa classificou o episódio como “o assalto do século”. Entre os itens roubados estavam uma tiara com 212 pérolas e quase 2 mil diamantes, um par de brincos de esmeraldas e um colar de safiras. Com 73 mil metros quadrados e cerca de 35 mil obras em exposição, o Museu do Louvre é o maior e mais famoso museu de arte do mundo, conhecido por abrigar peças icônicas como a “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci, e a “Vênus de Milo”.