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Yann LeCun, pioneiro da IA, afirma que modelos atuais estão próximos da obsolescência

Yann LeCun, Diretor de IA na Meta e ganhador do Prêmio Turing — considerado o “Nobel da Computação” — acredita que os modelos de linguagem atuais estarão obsoletos em até cinco anos. LeCun, que junto a Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio popularizou o conceito de “deep learning”, argumenta que esses modelos apenas geram palavras em sequência, sem compreender o mundo físico ou raciocinar como seres humanos.

Segundo ele, esses sistemas se assemelham ao “Sistema 1” do cérebro humano — rápido, intuitivo e reativo —, mas carecem das capacidades do “Sistema 2”, que é mais lento, deliberativo e racional. Essa limitação os impede de realizar até mesmo tarefas simples, como limpar uma mesa ou se locomover por um ambiente.

Como alternativa, LeCun está desenvolvendo uma nova arquitetura chamada Joint Embedding Predictive Architecture (JEPA). Diferentemente dos LLMs, que se concentram na previsão da próxima palavra, o JEPA busca prever eventos no mundo real com base em vídeos e outros tipos de input visual.

Um exemplo é o V-JEPA, versão treinada para completar trechos de vídeos ausentes. Quando exposto a situações absurdas — como um objeto que desaparece sem explicação — o sistema sinaliza erro, indicando que compreendeu que aquilo viola as leis físicas.

Para LeCun, o avanço da IA não depende de mais treinamento textual, mas sim de dotar os sistemas de uma compreensão do mundo visual, físico e interativo. Ele define inteligência como a capacidade de adquirir novas habilidades rapidamente, muitas vezes sem a necessidade de treinamento prévio — como uma criança que sabe como limpar uma mesa apenas por já ter observado o mundo ao seu redor.

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