UBTech inaugura a era dos humanoides: o início da produção em massa
A Shenzhen-based UBTech anunciou que iniciou a produção/entrega em massa do Walker S2, seu robô humanoide industrial, e afirma ter acumulado pedidos acima de 800 milhões de yuans (≈ US$112 milhões) apenas em 2025 — inclusive contratos individuais de grande valor.
No fim de 2025, a UBTech declarou que passou da fase de protótipos e pilotos para a entrega em escala do Walker S2 — algo que a empresa descreveu como a “primeira entrega em massa de humanoides do mundo”. Segundo relatos, centenas de unidades teriam sido despachadas para parceiros industriais.
A notícia não é só um marco técnico: é um sinal de que robôs com formato humano — capazes de caminhar, operar máquinas e executar tarefas variadas — estão deixando de ser demonstrações e podem, de fato, entrar na rotina das fábricas. Isso altera prazos de produção, logística de manutenção e, claro, o debate sobre empregos e requalificação profissional.
A empresa afirma que as encomendas do Walker S2 somaram mais de 800 milhões de yuans em 2025 — cifra que aparece em várias coberturas jornalísticas. Entre os contratos citados, há negócios individuais de destaque (por exemplo, pedidos de 159 milhões e 250 milhões de yuans). Esses acordos ajudam a explicar por que a UBTech passou a falar em produção e entregas em maior escala.
Um dos recursos mencionados pela UBTech e por reportagens é o sistema de troca automática de baterias do Walker S2 — pensado para permitir operações contínuas (24/7) sem longas paradas para recarga, o que tem grande apelo para aplicações industriais.
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Qual é a real escala? “Entrega em massa” pode significar centenas ou milhares — a transparência sobre números exatos e cronogramas de entrega será crucial.
Quem são os clientes? Saber em quais setores esses robôs serão usados (automotivo, logística, inspeção, etc.) dirá muito sobre o ritmo de adoção.
Regulação e segurança: humanoides em ambientes com trabalhadores humanos levantam questões de segurança, responsabilidades e normas trabalhistas.
Impacto no emprego: mais automação tende a transformar funções; governos e empresas terão que pensar em treinamento e redesenho de postos.
Para além dos números, há faces humanas: operários que podem ver suas tarefas mudarem, engenheiros que ganharão novas funções de supervisão e manutenção de robôs, gestores que precisarão repensar fluxos de trabalho. A tecnologia é poderosa, mas a transição só será sustentável se vier acompanhada de políticas claras de requalificação e diálogo entre empresas, trabalhadores e sociedade.
A alegação de UBTech sobre entregas em massa e os centenas de milhões em pedidos marcam um avanço concreto da robótica humanoide rumo a aplicações industriais. Ainda é cedo para dizer que “os robôs vão substituir empregos em massa” — mas é tarde o bastante para começar a planejar como essa nova fase será gerida por empresas, reguladores e trabalhadores.
Fonte: https://youtu.be/iW3Qd1nQ9WA