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7 Especialistas dão dicas para começar sua Carreira de Game Design


Você sempre foi um gamer, conhece tudo sobre os jogos antigos, mas também sobre as últimas novidades do mercado de games, conhece os segredos de cada grande sucesso, lê frequentemente a respeito dos novos lançamentos e não dispensa um chat ou um fórum de discussões sobre jogos, que frequenta diariamente, porque você vive e respira nesse mundo dos games?


Se você tem um perfil mais ou menos assim, pode já ter pensado, pelo menos uma vez, que não teria nada mais natural do que ser um designer de games, do que trabalhar com jogos e unir seu maior hobbie com a profissão dos seus sonhos. E não há nada de errado em se pensar assim!


Mas uma coisa muito importante que você, que está pensando em trabalhar com desenvolvimento de jogos, precisa muito saber, é que ser fera nos jogos e ter paixão por este universo não é o único requisito necessário para se dar bem como um designer de games. É fundamental ser um gamer para trabalhar no mercado de games, mas a grande maioria dos gamers terão os jogos apenas como uma grande paixão, e não como uma profissão.


Esperamos que ao terminar de ler esse artigo, você possa ter as informações para definir melhor que tipo de gamer você é: Aquele que tem uma paixão pelo universo dos games, ou um futuro profissional do mercado de games.


As dicas dos especialistas em Desenvolvimento de Jogos


A voz da experiência, nada melhor do que escutar a história e as dicas de quem já trilhou o caminho e construiu uma carreira no mercado de jogos.


A programação é uma das áreas do desenvolvimento de jogos, e não é nada fácil! É preciso ter um bom conhecimento de lógica, matemática e física, além do domínio de linguagens de programação. João Paulo Silva é um exemplo de programador de sucesso. Ele trabalhou durante 4 anos como professor em um curso de graduação em jogos digitais, e hoje trabalha na Ubisoft Montreal, uma das gigantes do mercado de jogos, responsável por títulos como: Assassin’s Creed e Tom Clancy’s Rainbow Six.




  • Dicas de João Paulo Silva
  • João Paulo Silva afirma que não é necessário ser um grande jogador, para ser um grande desenvolvedor. Além disso, ele aponta a linguagem C++ e a ferramenta Unity como fundamentais para um programador. Ele diz também que é preferível investir em uma boa formação.

    Já na área do game design, que precisa de maior criatividade, o game designer Marcos Venturelli, que trabalha na área há mais de 6 anos e lançou jogos como Chroma Squad, Dungeonland e Relic Hunters Zero, além de ter fundado a Critical Studio e trabalhar agora sob a marca independente Rogue Snail, também dá as suas dicas para quem quer entrar no mercado de jogos.


  • Dicas de Marcos Venturelli
  • Marcos Venturelli diz que as chances de ser contratado por uma empresa média sem nunca ter criado um jogo são praticamente nulas. Ele afirma que o mais importante para quem quer ser um game designer é começar a fazer jogos agora, sabendo ou não programação, com as ferramentas que estiverem disponíveis. Começar e terminar de criar jogos simples deve vir junto com os demais estudos, segundo ele.

    Professores e especialistas de cursos técnicos e de graduação, na área do desenvolvimento de jogos, de instituições pelo Brasil afora, também dão as suas dicas, para quem quer ingressar nesse mercado de games.


  • Alan Henrique Pardo de Carvalho
  • (Coordenador dos Cursos de Jogos Digitais da Fatec São Caetano do Sul)

    Alan enfatiza que é necessário saber o que acontece no mercado, estando em contato com profissionais e outros estudantes da área, participando também de encontros, eventos e fazendo parte de associações.


  • Janaina Auler
  • (Coordenadora do Curso Técnico em Programação de Jogos da FTEC Caxias do Sul)

    A Janaina diz que o mercado de games está muito longe de ser um parque de diversões, e que, como em qualquer outra área, é necessário muito estudo e dedicação. Para o iniciante, ela indica a criação e divulgação de pequenos jogos e projetos através da internet.


  • Fernando Pinho Marson
  • (Coordenador UniSINOS)

    Fernando lembra que gostar de jogos não é a mesma coisa que gostar de desenvolver jogos. É preciso primeiro conhecer o processo de desenvolvimento de um jogo, não só para buscar a área que mais te interessa, mas para saber também se o desenvolvimento de jogos é mesmo a sua área.


  • Carlos William Ferreira de Lima
  • (Professor no Curso de Jogos Digitais do SENAC)

    Carlos indica que é importante não apenas jogar por jogar, mas tentar estudar enquanto joga, tentar entender como funcionam os jogos e suas mecânicas, tentar olhar os jogos não apenas como um jogador, mas como um criador de jogos.


  • Paulo Rogério Foina
  • (Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais da UniCEUB)

    Paulo Rogério indica primeiramente jogar! Conhecer o mundo dos jogos é fundamental. Depois começar a criar, jogos, histórias, criar as habilidades necessárias para um game designer e trabalhar muito, pois a inspiração é apenas 10% do trabalho em um bom jogo.



    Are you ready?


    Uma dica extra e muito importante! Se você não entendeu esse subtítulo, não sabe que “are you ready?” Significa “você está pronto?” em inglês, então você realmente ainda não está pronto para o mercado de games. Quando se fala das habilidades necessárias para ser um designer de games, é comum ouvir a respeito de linguagens de programação e habilidades com o design, mas muito raramente se fala do domínio do inglês, porque já é algo esperado.


    Ao contrário do que se costuma pensar, o inglês não é o idioma mais falado no mundo, mas grande parte da produção de jogos vem de países de língua inglesa, como os EUA e a Inglaterra, e grande parte dos jogadores do mundo, se não falam o inglês como primeira língua, usam o inglês como segundo idioma. Se você cria um jogo somente em português ou outra língua, você encurta o seu mercado, enquanto se usa o inglês, o seu mercado cresce para quase o mundo inteiro.


    Além disso, grande parte dos softwares, da documentação, tutoriais e outros materiais de aprendizagem e criação, são disponíveis em inglês, e você nem sempre os encontrará em português, o que acaba limitando não só o mercado em que seu jogo pode ser vendido futuramente, mas também a sua capacidade de aprendizagem e criação.


    Mas se você não domina o idioma, não se desespere. Apenas saiba que é necessário incluir o estudo do Inglês em sua agenda, e que será tão difícil quanto aprender um novo software ou dominar um novo jogo, só é necessário tempo e perseverança.

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