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O real valor dos dados

Hoje tudo é sobre dados. Dados de clientes, de acessos, de navegação, de comportamento… até nosso sono já é monitorado por aplicativos. O discurso corporativo é sempre o mesmo: “dados são o novo petróleo”. Mas será que isso é verdade, ou só mais um mantra repetido sem reflexão?

Pense no petróleo cru. Ele, por si só, não serve para nada. Precisa ser refinado para virar gasolina, plástico, lubrificante, energia. O mesmo acontece com dados: um mar de planilhas e registros não significa nada se ninguém sabe o que fazer com eles.

O problema é que vivemos uma era de excesso. As empresas coletam tudo — e muitas vezes não sabem nem por onde começar a analisar. É dashboard para todo lado, relatórios que ninguém lê, gráficos coloridos que mais confundem do que esclarecem. Resultado? A famosa “paralisia de análise”.

O ponto não é acumular dados, mas fazer perguntas inteligentes. Por exemplo: um e-commerce não precisa saber cada clique que você deu na página. Precisa entender por que você abandonou o carrinho. Um banco não precisa de todos os seus extratos desde 2004. Precisa saber o que vai te reter como cliente hoje.

O real valor dos dados não está no volume, mas no sentido que conseguimos extrair. E esse sentido não vem da tecnologia, mas da capacidade humana de interpretar. O dado bruto é só ruído. A interpretação certa transforma ruído em música.

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