Às vezes, o que falta não é talento, é oportunidade
Uma das coisas que ainda me motivam no ambiente corporativo é acompanhar o crescimento pessoal e profissional de colegas. Já me deparei com situações em que precisei avaliar a permanência de um profissional, com argumentos como fulano "precisa sair da caixinha" ou “vive na zona de conforto”.
Se focarmos apenas nas limitações, dificilmente alguém atenderia a todas as expectativas. Por isso, escolhi observar o que aquela pessoa já entregava de positivo:
- Senso de urgência;
- Proatividade na busca por soluções;
- Capacidade de entender o negócio além da parte técnica;
- Comunicação clara e respeitosa com todos.
Será que, em algum momento, foi perguntado a esse profissional por que adotava uma postura mais conservadora? Aquilo era uma característica pessoal ou reflexo do ambiente em que estávamos? O histórico das aplicações influenciava suas decisões? São tantos fatores...
Por isso, antes de rotular ou descartar alguém com pontos fortes evidentes, é papel da liderança identificar e trabalhar os pontos a desenvolver, de forma transparente, sem indiretas. Além disso, é essencial criar um ambiente seguro para inovar, o que inevitavelmente envolve erros ao longo do caminho.
Quando encontrar alguém com certo tempo de estrada, mas que talvez esteja abaixo das expectativas sob o seu ponto de vista, vale refletir: será que essa pessoa teve espaço para evoluir? Às vezes, o que falta não é talento, é oportunidade. Seja o incentivador desta pessoa, compartilhe o que você sabe, e lembre-se que as pessoas são diferentes por isso, os resultados também vêm de formas e em tempos diferentes.