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A curiosidade mata a disciplina

Em Setembro embarquei num desafio de 100 dias de evolução com Python, porém foi uma completa catástrofe. Afinal, diversos tópicos que organizei são gigantescos como bem disse o @user1 nos comentários do link da fonte.

A principal lição aqui é que muitas vezes somos levados a abraçar o mundo por conta dos hypes do momento, por conta de tecnologia A ou B ou até mesmo for influências externas. Porém, o fato de querer abraçar tudo não está no externo, o desafio é interno - a curiosidade.

Ser curioso é bom, até certo ponto, pois quando você é curioso em momentos não apropriados acaba matando sua disciplina cultivada com tanto carinho. Ou seja, ser curioso em todo o tempo te faz desfocar daquilo que é importante, te tira do caminho do que você planejou pra ser, te colocando em uma nova rota, talvez não a melhor, talvez não no tempo certo.

Ser curioso pra mim, matou minha disciplina planejada, na execução até comecei, porém depois de um tempo, a curiosidade por algum tópico específico me fez me perder no caminho e hoje percebo a diferença que faz ter disciplina.

Ser constante é importante e ter disciplina pra isso é fundamental pra chegar longe. Quero dizer, se você quer chegar longe até a finalização de um projeto importante, ter disciplina é inegociável.

Mas, isso não quer dizer que ter curiosidade seja de todo ruim, talvez o problema é ter curiosidade de algo não planejado em todo tempo , ou tirar da frente o que importante pra conhecer o inexplorável, de todo modo, ser curioso é importante para continuar te movimentando para novos caminhos, não pelo mesmo caminho, se você não focar é claro.

Talvez, só usei a minha grande curiosidade do modo errado, por isso o plano falhou, ou talvez os desafios do dia-a-dia, tempo, trabalho, aprendizados e mais tenham me mostrado o que de fato é importante priorizar... mas o fato é que a minha curiosidade matou minha disciplina, pelo menos para o meu desafio de 100 dias evoluindo na programação com python.

Desejo fazer o desafio novamente? Claro! Mas, antes, irei aprender a balancear minha curiosidade e disciplina, e aí - quem sabe - eu encontre o ritmo necessário para vencer este desafio sensacional!

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Difícil resistir a essa tentação da curiosidade.

Oi Victor!

Seu post fez muito sentido pra mim. Durante os estudos muitas vezes me pego criando "branches" de estudo, que acabam criando outras "branches" e assim vai... Como nessa vida assunto não falta, acabo entrando por uma espiral interminável de assuntos e quando percebo estou escovando bits em um assunto totalmente alheio àquele do início.

O problema é que nesse ponto já não consigo fazer o caminho de volta e sair fechando todas as lacunas que abri, então acabo voltando para onde estava inicialmente, tendo ganho algum conhecimento satélite, e gerado algumas branches "em aberto". Porém nesse ponto já se passaram horas e não evoluí com o que realmente precisava aprender.

Lendo seu post, refleti que o problema, geralmente, é exagerar na quantidade de branches ou na profundidade delas, não pode ser algo que te tire totalmente do caminho inicial, pois apesar de ganhar algum conhecimento em áreas correlatas (e matar aquela curiosidade), essa prática te impede de avançar nos estudos de maneira eficiente.

Mesmo que a branch em questão seja um pré-requisito para entender o assunto principal, creio que tentar entender apenas o suficiente para avançar costuma trazer benefícios a longo prazo, até porque esse pré-requisito pode se tornar mais digerível quando o estudo principal estiver mais avançado

Percebo que ao ignorar a curiosidade de me aprofundar em mais uma branch de um tópico fracamente conectado ao assunto principal (e no máximo dar uma olhada superficial), acabo adquirindo muito mais conhecimento útil na linha principal e, assim, ser mais eficiente no que mais importa