Use a ignorância a seu favor
Absolutamente ninguém cresce na zona de conforto. Lá é um lugar quentinho, gostoso e confortável, onde tudo dá certo. O problema é que os seus resultados serão sempre meia boca, o que, eventualmente, vai te deixar estagnado.
Quando passamos a assumir mais riscos, vamos para um local interessante: a zona de performance. Aqui, existe um equilíbrio entre a aplicação dos conhecimentos que você já tem e daqueles que ainda precisa adquirir e que não são tão complicados de entender. A mágica acontece quando você absorve novos aprendizados e entrega as tarefas. Definitivamente, você será mais produtivo e também estará em evolução.
Depois da zona de performance, vem a zona de perigo. Aqui, os desafios são muito maiores que suas capacidades técnicas atuais. Aprender algo novo e conseguir aplicá-lo será algo com um nível de dificuldade elevado. O resultado disso pode ser atrasos nas entregas (ou talvez nenhuma entrega) e, consequentemente, muito aprendizado.
Há uma frase atribuída a Nicolau Copérnico que diz:
Saber que sabemos o que sabemos, e saber que não sabemos o que não sabemos. Esta é a verdadeira sabedoria.
A grande dificuldade aqui é descobrir como fazer para saber o que não sabemos.
E aí, temos que recorrer ao melhor professor: a prática!
E é por isso que invoco o título deste texto: use a ignorância a seu favor.
Ignore o fato de que será difícil implementar esses novos conhecimentos. Apenas tente resolver o desafio proposto com os recursos e o tempo que você tem. Isso vai te levar a situações nas quais, de fato, será necessário adquirir conhecimento para combater a ignorância.
Se você se deparar com um desafio muito grande, isso significa que está na zona de perigo. Não digo que deva ignorar os riscos, mas procure enxergar a situação por uma ótica positiva: agora você vai aprender muito.
Se não tivesse ignorado as dificuldades, há uma grande chance de que ainda estivesse na zona de conforto, tomando um chocolatinho quente e escutando sua mãe dizer o quanto você é competente.
Claro, existem estratégias para sobreviver na zona de perigo, mas isso é assunto para outro texto.
Figura 1: Esquema de como são organizadas as zonas de conforto, produção e perigo.