Executando verificação de segurança...
2

De dev em cassino Web3 a fundador do próprio produto: o que aprendi no primeiro trampo e estou aplicando agora

Vou compartilhar um pouco da minha experiência prática trabalhando com cassino Web3 e como isso virou base direta para eu abrir o meu próprio produto hoje. Não é post motivacional, é relato técnico + operacional, com acertos e erros.

O primeiro trampo: cassino Web3 no mundo real

Meu primeiro trabalho relevante foi em um cassino Web3 em produção, com dinheiro real, usuários reais e problemas reais.

Não era projetinho de portfólio. Era:
• Tráfego alto e imprevisível
• Usuário tentando explorar falhas o tempo todo
• Dinheiro passando por smart contracts, wallets, Pix, cripto
• Pressão por performance, uptime e segurança

Ali aprendi coisas que curso nenhum ensina.

Principais aprendizados técnicos

  1. Backend não perdoa
    • Race condition em saldo = prejuízo
    • Falha em idempotência = usuário duplicando ganho
    • Endpoint lento = reclamação, chargeback e perda de confiança

Passei a tratar tudo como transação crítica:
• Locks
• Validações redundantes
• Logs detalhados
• Reprocessamento seguro

  1. Segurança não é feature, é base
    • Assinatura de payload
    • Verificação de integridade no frontend e backend
    • Rate limit agressivo
    • Separação clara entre lógica de jogo e lógica financeira

Aprendi rápido que “funciona” não significa “seguro”.

  1. Frontend em cassino é conversão
    • Milissegundos importam
    • UI confusa = abandono
    • Feedback visual errado = usuário acha que perdeu dinheiro

Isso me deu uma visão muito mais séria de UX e estado da aplicação.

Do aprendizado à decisão: criar o meu próprio cassino

Depois de viver isso na prática, ficou claro:
eu já tinha visto onde dá errado.

Então decidi criar o meu próprio produto, aplicando tudo que aprendi — só que agora do zero, com controle total da arquitetura.

Não é copiar cassino existente. É evitar os mesmos erros.

O que estou aplicando agora no meu próprio projeto

Arquitetura pensada para cassino, não adaptada
• Separação total entre:
• saldo
• jogo
• missões
• leaderboard
• Tudo com logs, histórico e rastreabilidade
• Nada de “atualiza saldo direto”

Backend mais defensivo
• Toda ação financeira é validada duas vezes
• Nenhuma lógica crítica depende só do frontend
• Fluxos pensados para falha, não só para sucesso

Frontend simples, rápido e honesto
• Menos animação inútil
• Mais feedback claro
• Estado sempre sincronizado com o backend

O lado que pouca gente fala: é pesado

Abrir o próprio produto usando esse nível de rigor é cansativo.
• Dá vontade de “simplificar”
• Dá vontade de pular validação
• Dá vontade de fazer gambiarra

Mas a experiência anterior deixa claro:
o custo vem depois, e vem caro.

Conclusão

Trabalhar cedo em um produto crítico mudou totalmente minha forma de programar.

Hoje eu:
• Penso em falha antes de pensar em feature
• Penso em abuso antes de pensar em UX bonita
• Penso em manutenção antes de pensar em entrega rápida

Criar meu próprio cassino não é “sonho”, é consequência direta do que vivi na prática.

Se você é dev e tiver a chance de trabalhar em algo com:
• dinheiro real
• usuários reais
• risco real

aceita. Vai acelerar anos da sua curva de aprendizado.

Se alguém quiser trocar ideia técnica sobre isso, fico aberto.

Carregando publicação patrocinada...