Executando verificação de segurança...
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Pessoal o que vou colocar aqui vai alem do que o artigo se propos , mas é o principal calcanhar de Aquiles do envio de email. É o problema com Spam Traps.

Spam Traps (armadilhas de spam) é o "ponto cego" mais perigoso da estratégia focada apenas em sintaxe e MX records. Quando um domínio antigo ou abandonado se transforma em uma spam trap, ele se torna uma ameaça muito maior do que um simples e-mail inválido, pois o impacto não é apenas financeiro (custo de envio), mas sim reputacional.

Alguns pontos críticos sobre como spam traps afetam a tese do artigo:

  1. O Problema das "Pristine" vs. "Recycled" Traps

O método sugerido no artigo (verificar MX) não consegue distinguir um e-mail real de uma spam trap:

Recycled Traps: São endereços que existiram, foram desativados e, após algum tempo, reativados pelos provedores para monitorar quem envia e-mails para listas desatualizadas. O domínio terá um MX válido, o e-mail terá sintaxe correta, mas o disparo resultará em blacklist instantânea.

Impacto: Se você envia para uma recycled trap, os provedores (Gmail, Outlook) entendem que você não faz limpeza de lista (list hygiene). Sua taxa de entrega cairá drasticamente para todos os outros clientes legítimos.

  1. Domínios Antigos que viram Traps

Muitas vezes, empresas compram domínios que expiraram para transformá-los em "honeypots".

O risco do MX: O domínio terá registros MX apontando para os servidores da empresa de segurança (ex: Spamhaus ou Proofpoint). Para o algoritmo proposto no artigo, esse domínio pareceria "saudável" e "válido", mas na verdade é uma armadilha ativa.

  1. Como mitigar (O que faltou no fluxo de validação)

Para lidar com o que o artigo propõe e adicionar a camada de proteção contra traps, seriam necessários estes passos extras:

Validação de Atividade (Engagement): Se um e-mail no seu banco de dados não abre ou não clica em nada há mais de 6 ou 12 meses, ele é um candidato forte a virar uma recycled trap. A recomendação técnica é remover ou isolar esses e-mails, mesmo que o MX seja válido.

Uso de "Suppression Lists" globais: Existem bases de dados de domínios conhecidos por serem apenas coletores de spam ou domínios descartáveis (como mailinator.com). O cache sugerido no artigo deveria incluir uma "blacklist" de domínios conhecidos por não terem usuários reais.

Double Opt-in: É a única defesa 100% eficaz contra pristine traps (e-mails criados apenas para serem armadilhas). Se o usuário não clicar no link de confirmação enviado para o e-mail, ele nunca entra na lista de disparo principal. Isso evita que robôs cadastrem spam traps no seu formulário.

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Comentário impecável e uma excelente observação! Alguns dos pontos que você trouxe eu realmente não tinha conhecimento e concordo totalmente, especialmente em cenários de marketing.

O artigo foca intencionalmente em validação técnica e redução de custo, dentro de aplicações transacionais, onde não há coleta aberta de e-mails nem campanhas. Foi exatamente esse contexto que enfrentei recentemente, em caso de envio de faturas e notas fiscais. Para cenários de marketing, por exemplo, sem dúvida, o fluxo precisaria incluir todo esse conjunto adicional de estratégias.

São problemas diferentes, com riscos diferentes, e por isso as abordagens também mudam. Podemos concluir que validação de e-mail não é uma técnica única, mas um conjunto de estratégias que mudam conforme o tipo de envio e a situação.

Seu comentário levantou pontos importantes que valem um complemento no próprio artigo. Vou considerar adicionar uma nota complementar sobre essa discussão e distinção de contextos de envio.

Comentário enriquecedor, obrigado!!