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👻 O que aprendi depois de construir para "usuários fantasma" (e como isso mudou meu jeito de desenvolver)

TL;DR: Eu costumava focar 100% na funcionalidade e na velocidade do código, assumindo que se a feature era boa, "o usuário" iria gostar. O resultado foram alguns projetos tecnicamente sólidos, mas com zero tração. Aprendi da maneira mais difícil que construir para um "usuário" genérico é o mesmo que construir para ninguém. Mudei meu processo para focar obsessivamente em quem é o meu cliente antes de escrever uma linha de código, usando Personas e Mapas de Empatia.


E aí, pessoal. Queria compartilhar uma lição que demorei um pouco para aprender, na esperança de que ajude outros Vibe Coders e Indie Hackers por aí.

No início da minha jornada, eu era obcecado com a velocidade de execução. A ideia de ir de um conceito para um MVP funcional em poucos dias era (e ainda é) viciante. O problema é que eu estava construindo no vácuo. Eu tinha uma vaga ideia de "usuário", mas essa ideia era mais um reflexo de mim mesmo do que de um cliente real.

O resultado era sempre o mesmo: um lançamento, alguns amigos dizendo "que legal!", e depois... grilos. Silêncio. Zero adoção real.

Foi frustrante e me fez questionar se minhas ideias eram ruins. Mas o problema não era a ideia, era o processo.

Algumas coisas que aprendi (da maneira mais dolorosa):

  • "Usuário" não é um requisito. Eu aprendi que tratar "o usuário" como uma entidade única e abstrata é a receita para o desastre. Um produto que tenta agradar a todos acaba não sendo especial para ninguém.
  • Dados demográficos são uma armadilha. Eu costumava pensar "meu público são jovens de 20-30 anos interessados em tech". Aprendi que isso é inútil. O que importa são os comportamentos, as dores e os objetivos. Uma estudante de doutorado de 25 anos e um gerente de produto de 30 têm dores completamente diferentes, mesmo que ambos usem as mesmas tecnologias.
  • Empatia não é "soft skill", é engenharia. Eu aprendi que entender o que seu usuário sente e pensa é tão crucial quanto entender a complexidade de um algoritmo. Um Mapa de Empatia, que mapeia o que o usuário vê, ouve, pensa e faz, se tornou uma ferramenta de debug para a mente do meu cliente. Foi assim que comecei a descobrir as dores reais por trás dos problemas superficiais.

O que mudou no meu workflow:

Desde então, meu processo pré-desenvolvimento mudou completamente. Agora, antes de pensar em arquitetura ou features, eu sigo um fluxo mais estruturado:

  1. Customer Discovery Primeiro: Dedico tempo para pesquisar e definir quem são os arquétipos de usuários (Personas) para a minha ideia.
  2. Mapeamento da Dor: Para cada persona, eu crio um Mapa de Empatia para entender o contexto e as frustrações dela.
  3. Backlog Guiado por Insights: As features no meu backlog não são mais baseadas no que "seria legal ter", mas em "qual dor da Persona X isso resolve?".

Isso não tornou o processo mais lento. Pelo contrário, me poupou meses de desenvolvimento de features que ninguém usaria.


Esse método é parte do framework da Masterminds AI, a plataforma que estamos construindo com um time de produtos agentico para ajudar outros Vibe Coders a fazerem o mesmo. Quer acessar o beta gratuitamente? Comente EMPATICOS e te mando o link para o beta.

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