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Isso não é sobre a área de TI, é sobre a vida.

Concordo em partes com o que foi dito, mas acredito que ao buscar viver de forma mais leve nesses ambientes (alguns até tóxicos) ajuda bastante.

Não tô dizendo que é fácil, mas muita inteligência emocional é necessária para ambientes corporativos.

Eu adicionaria também que existem pessoas que são de fato muito boas, e que de fato, conseguem entregar mais do que você em menos tempo. Faz parte.

Por último, é necessário saber se posicionar e socializar. O ser humano é sociável, na TI perdemos bastante por limitarmos nossa capacidade de se relacionar. Enfim, como eu disse mais cedo, não é sobre TI, é sobre a vida.

Tratando-se de vida, o que eu digo é: tenha princípios e viva a vida conforme os seus princípios, não abra mão deles. É isso que vai trazer felicidade, e não o emprego ou cargo em si. Não importa se existem pessoas falsas, se você não o é. Não importa se você vai ser injustiçado, se você foi justo. Se vier a ser líder, seja um líder integro. O seu caráter prevalecerá, e por mais que demore você será reconhecido por isso. E mesmo que não fosse, você não será infeliz, porque você foi fiel aos seus princípios.

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Entendi perfeitamente o que você falou. Realmente, é sobre a vida, e é isso que eu quis dizer no meu texto. Não adianta você ser bom tecnicamente, ter aquele perfil de programador isolado no seu quarto, no escuro, que não é sociável e não fala com ninguém. Isso vai acabar naturalmente. Pois, para ser bem-sucedido nas empresas, na minha opinião, você precisa entender o jogo. Precisa compreender as dinâmicas e as políticas de escritório. Não estou dizendo para você mudar seus princípios e se tornar uma pessoa ruim, mas pense em como você vê um líder, como aquele que já tive, que não assume o erro e tira o dele da reta, conquistando coisas como um apartamento avaliado em milhões, e se dando bem na vida, sabendo e conhecendo o caráter dessa pessoa. Sem falar dos charlatões que vendem cursos prometendo salários de 30 a 40 mil reais em quatro meses. Então, você se pega no ônibus, perguntando-se: 'Eu andando de ônibus e os caras com estilo de rico, até que ponto nossos princípios trazem mais conforto do que se render às dinâmicas e políticas que existem nas empresas?' Pois é, já me impressionei. O que eu posso fazer no meu dia a dia? É nítido que, se eu trabalhar 12 horas por dia e não souber me vender, trazer à tona o valor de tudo o que eu fiz, serei menos reconhecido do que alguém que trabalha duas horas por dia. E não estou dizendo que essa pessoa finaliza o trabalho em duas horas; estou dizendo que ela deixou de fazer o trabalho dela porque tem dois ou três empregos. Então, como? Meu questionamento é para que a gente melhore essas questões sociais, de saber se vender, saber se relacionar, saber se posicionar perante a vida.

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Sim, é super importante desenvolver habilidades de comunicação. Aprender a falar. Aprender a viver. Mas o que eu quis dizer também é que isso só não basta. Isso foi o que quis pontuar.

Não sei se dei a entender que você estivesse falando para mudar os princípios, não foi minha intenção. Apenas falei sobre princípios porque foi a conclusão que eu tirei de tudo.

Mas sabe, eu tenho minhas dúvidas se o problema é apenas conosco. Acho que é algo mais profundo. Acho que a tecnologia de certa forma tem prejudicado a habilidade do ser humano se comunicar. Provavelmente outros fatores também estão associados. Com a tecnologia a gente também sofre uma sobrecarga de comparação. O que é ruim. Porque nos comparamos tanto ? Como no caso do ônibus, acho que a pessoa precisa parar e pensar:

"eu sou outra pessoa, não devo me importar se aquele cara vive assim ou assado"

Não é fácil, mas acredito que seja um bom caminho para não se frustrar. Também não quero dizer que ao viver em princípios não haverá mais frustações como o caso do ônibus, mas que acredito que apesar desses momentos no geral a pessoa não será frustada e terá mais satisfação com a vida. E acredito sim, que por mais demorado que seja, o reconhecimento virá.

Muito interessante a conversa. Me fez refletir.

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O relato é muito bem escrito e reflete facetas humanas. Não exclusivas da TI, mas existentes em todos ambientes que existem hierarquias e ambição.

Alguns ambientes incentivam essa competição - que pode ser muito dolorosa e ao mesmo tempo muito recompensadora.

O importante é se conhecer e manter os próprios valores!

A dor é parte do processo da evolução. É assim no esporte, é assim no trabalho, é assim no amor, é assim na vida (uma frase filosófica!).

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Obrigado man, são coisas que agente só aprende apanhando da vida. Refletir é muito imporante para entender onde estamos errando. Albert Heinst disse o seguinte: Loucura é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes!

Abraço!

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Acho que é bem fácil a gente se perder ou se desconectar da realidade quando estamos só mergulhados em estudos técnicos.

Por exemplo, tem gente que é super detalhista e perde um tempão pensando em como refatorar o código. Já vi colegas debatendo por horas sobre padrões e tal, e isso até já resultou em demissão. Mas, na real, muitas vezes o cliente não tá nem aí pra cor de um botão. O que importa pra ele é o resultado daquela ação – se vai aumentar os lucros dele, reduzir custos, saca?

Outra coisa que atrapalha é que a gente tende a falar muito do que a gente faz. Por exemplo, eu curto luta, mas percebi que nas redes sociais dos meus amigos só tem coisa sobre luta. Quem malha, provavelmente vai ver seu feed cheio de postagens sobre academia.

É aí que eu penso que a gente deveria sair da nossa bolha, aprender coisas novas, ter novas perspectivas.

Conheço gente que menospreza pedreiros só porque trabalham com desenvolvimento. Mas, olha, conheço vários pedreiros que ganham mais do que eu.

Esses dias, tava observando meu sogro trabalhando numa obra na casa dele, e, cara, minha mente explodiu. Comecei a imaginar a história dele, os desafios que enfrentou na vida, as dificuldades que passou.

Não sei se consegui me fazer entender, mas acho que a TI às vezes nos deixa meio fora da realidade. A gente começa a achar que somos melhores que os outros, e falta gente com habilidades humanas, com empatia nas empresas.

Só minha opinião, abraço!