Descobri que é mais fácil construir um produto do que achar quem use
Passei os últimos meses construindo o Mannai, um sistema que usa IA pra ajudar nutricionistas a automatizar o atendimento.
Só que eu descobri algo curioso: fazer o código funcionar foi a parte fácil.
Como dev, eu sempre achei que se o produto fosse bom, as pessoas naturalmente apareceriam.
Era só resolver um problema real, colocar no ar e pronto.
Mas quando comecei a procurar nutricionistas pra testar, percebi que o buraco é mais embaixo.
E foi aí que vieram as primeiras lições:
- Muitos não respondem.
- Alguns até se interessam, mas somem antes de testar.
- Outros têm receio da tecnologia.
- E vários já usam os concorrentes.
E aí vem aquela dúvida inevitável:
o problema é o produto, ou eu não sei contar a história dele?
No fim, isso tudo tá servindo de aprendizado pra eu entender que:
- Vender é uma skill completamente diferente de programar.
- Ter um problema real pra resolver não é o mesmo que encontrar quem queira resolvê-lo agora.
- Mostrar o produto certo pra pessoa errada é como falar grego com quem só entende francês.
E mesmo assim, cada conversa é uma aula: não sobre código, mas sobre pessoas.
Lembro de ter lido em algum livro de engenharia de software algo como
“no fim das contas, o propósito do software é ajudar pessoas.”
Acho que só agora entendi o que isso realmente significa.
No fim das contas, estou reaprendendo algo simples:
construir software é sobre gente, não sobre código.
E talvez essa seja a parte mais difícil de todas.
Se alguém aqui já passou por essa fase de tentar achar os primeiros testadores (e tomar umas portas no processo), queria ouvir como foi.
O que funcionou pra vocês?
O que não funcionou?
ps: pra quem quiser ver no que estou trabalhando, é o mannai.com.br: um sistema para nutricionistas com IA que ajuda a economizar tempo nas consultas.