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arrepiei ao ler. é exatamente o que passei ontem e hoje. eu precisava de ler isso.

revalidou meus pensamentos e reforçou minhas conexões cerebrais (como o sr apontou no texto). estou refletindo melhor sobre tudo. ainda hei de melhorar minha comunicação, que acaba sendo tão técnica, que acaba por criar atritos e conflitos reais por quem se sente ameaçado, principalmente os no-coders, low-coders, e usuários não técnicos de ferramentas tais como lovable/bolt, etc.

eu pensava que era eu quem deveria me sentir ameaçado, no entanto, na verdade, esses usuários mais recentes, aqueles que tentam empreender sem conhecimento real de negócio, são quem têm medo de não conseguirem entrar numa área tão técnica.

percebem o quão complexo é subir um site, ter menores custos em hospedagem, escalabilizar, criar notificações bidirecionais (pub/sub), como atualizar um dashboard em uma página escutando mudanças no backend, diferenças entre backend e banco de dados, muitos querendo pagar supabase mas poderia usar uma VPS para isso (considerando que querem ir para produção com mebor custo inicial)...

não estamos sendo substituídos. está aparecendo muita oportunidade para quem é técnico, conhece sobre os conceitos, os fundamentos, toda a base que edifica-nos, sabe quando aplicá-los, conhece dos trade-offs, sabe balancear diferentes contrapartidas, alinhar interesses com demandas e prazos.

um arquiteto/engenheiro, que sabe colocar a mão na massa, é isso que estou buscando me tornar, ao passo que ensino e aprendo, movo a pessoa do ponto A para o ponto B, C, D...

a bolha de low-code no-code vibe-coding existe, e também um dia vai ser furada: no entanto, uma ferramenta, como o bubble, n8n, lovable, é muito importante para que os empreendedores possam testar seus protótipos, validá-los, e chamar em seguida um profissional para estruturar o produto com robustez. não estudei Eng de Software I e II à toa. com certeza, todos as boas práticas, as dimensões da qualidade de software, os modelos, protocolos, vieses, paradigmas, design patterns, todos são importantes.
uma ferramenta tal como o lovable, felizmente, produz código suficiente para o MVP, para a solução caseira para dores do trabalho ou em casa (automatizar com n8n minha casa, e o lovable criar um frontend para um idoso, avô, poder acessar tal funcionalidade).
infelizmente, os vibe coders não-técnicos não conseguem sair da ferramenta, ficam prssos ao vendor lock-in, não sabem desviar-se de delírios da LLM, não sabem debugar (ainda), e ficam presos aos ciclos constantes de respostas descontextualizadas em loop, gastando "tokens/créditos" da plataforma. não sabem exportar o código para o github (ainda), não sabem hospedar na vercel (ainda), não sabem corrigir problemas de lógica de programação (vai durar muito tempo, apenas uma parcela aprenderá). é provável que um viber coder que entende de business e scale, ainda que tenha aprendido o básico de lógica de programação, vai querer chamar um profissional qualificado para que esse profissional lhe seja delegadas as responsabilidades devidas, enquanto o viber coder agora torna-se CEO e vá pensar no core business, como conseguir investimento, como organizar a empresa e prospectar clientes. ele pode não entender que um gateway de pagamento online de pix precisa de um retry, fallback e um loop lógico para sempre consultar e reconsultar a API em tempo geométrico (30, 60s, 120s, ...), pois o webhook do gateway pode estar trazendo a informação de que o pagamento está em PENDING, então o loop lógico pode ser executado para em algum momento receber um APPROVED, e portanto armazenar a info no banco. sim, o viber coder não-técnico pode não saber disso, mas o profissional técnico sabe, ele sabe que o n8n permite agregar o loop lógico, ele sabe que o n8n tem limites para isso, e se o n8n cair sem salvamento stateful dos fluxos executados, perder-se-iam todos os fluxos. então, ele implementaria uma fila com Redis em stateful armazenando progressos de itens da fila para denteo de um banco como o postgres. se for uma aplicação muito pequena, talvez um sqlite seria o suficiente. o viber coder não-técnico, que desejar crescer seu nsgócio, deverá reconhecer a função do profissional técnico, a importânci de seu conhecimento.

qualquer um pode lavar seu próprio carro, mas sempre haverá aqueles que quererão chamar alguém para lavar ou levá-lo ao lava-jato mais próximo.
qualquer um pode buscar conhecimento sozinho e aprender a como aprender, no entanto muitos preferem ir a um cursinho, comprar um curso online, ou buscar aula particular.
meu pai poderia ter trocado a tomada do banheiro sozinho, mas pediu ajuda ao eletricista. o eletricista estava muito ocupado, e ainda cobrou um valor para ir no horário de almoço. meu pai pagou. ele pagou o soldador, ele pagou o técnico de ar-condicionado, ele pagou pelo pão na padaria.

sempre as pessoas quererão ter facilidades.

concordo com o sr, e tento dissertar com reformulação. se a pessoa não é um profissional, que sempre está buscando aperfeiçoar-se, aprimorar-se, ela tornar-se-á ultrapassada, ou já se tornou: seu emprego/trabalho/ganha-pão/product-market-fit nunca esteve seguro.

ler este artigo foi como um balde de água, fria e quente, aliás, em temperatura ambiente.

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