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Artigo: O desafio de escrever linguagens de programação para falantes de português: impressões e reflexões

Publicação original no LinkedIn: https://www.linkedin.com/pulse/o-desafio-de-escrever-linguagens-programa%25C3%25A7%25C3%25A3o-para-e-sanches-da-silva

Conheça Líquido: https://github.com/DesignLiquido/liquido

Mais projetos da Design Líquido:

Delégua: https://github.com/DesignLiquido/delegua (linguagem de programação 100% em português)
LMHT: https://github.com/DesignLiquido/LMHT (HTML em português)
FolEs: https://github.com/DesignLiquido/FolEs (CSS em português)
LinConEs: https://github.com/DesignLiquido/LinConEs (SQL em português)

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Pra uma criança aprender algoritmos isso pode ser útil assim como a linguagem portugol. Mas sinceramente, no mundo de hoje as pessoas deveriam quebrar a barreira do inglês APRENDENDO inglês. quem sabe inglês tem a oportunidade de estar sempre a frente por que todo conteúdo útil e novo sai em inglês. Todo artigo científico de qualquer área.

Não só nós os programadores. Médicos já sabem disso a muito tempo.

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A fluência em inglês requer 10 mil palavras. Um ser humano aprende em média de 5 a 8 palavras por dia. Considerando alguém que estude inglês todos os dias, leva cerca de 3 anos e meio para a fluência.

Impor o domínio do inglês é uma postura um tanto egoísta. Cito aqui um artigo cujo título traduzo para "Como as barreiras linguísticas mantêm as famílias de minorias linguísticas na pobreza", que diz o seguinte:

"Para qualquer aluno, as habilidades básicas de alfabetização e numeramento são fundamentais para a construção de uma educação de qualidade. Mesmo com apenas habilidades básicas de leitura, a UNESCO estima que 171 milhões de pessoas poderiam escapar da pobreza extrema. Imagine o desperdício de passar por uma infância inteira de escolaridade e ainda ser incapaz de ler. Os alunos que estão aprendendo uma segunda língua muitas vezes lutam para se expressar se não tiverem um domínio completo dessa língua, observa John Schumann, do Departamento de Linguística Aplicada da UCLA. Isso pode levar ao estresse emocional e afetar sua capacidade de aprender."

Nosso projeto busca ajudar no combate à pobreza e à desigualdade, dando oportunidade para pessoas em situação de vulnerabilidade de aprender programação e mudar suas vidas.

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O Brasil possui o índice de analfabetismo funcional muito alto. Ou seja, o próprio idioma nativo já é uma barreira para milhões de pessoas. Atribuir uma segunda língua a essa população é algo quase impossível.
Acredito que na execução de um piloto deste projeto há a necessidade de avaliar essa questão também. Logicamente, antes de tudo previsamos aumentar nossa comunidade.

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Enquanto ferramentas de aprendizado e de expansão de conhecimentos eu concordo que o idioma é uma barreira grande. Olhando para o mercado de trabalho em TI é inescapável que dominar a língua inglesa abre portas.
Portanto, acho legal ensinar programação contornando o idioma, mas mais cedo ou mais tarde essa dívida técnica retorna, talvez num momento em que o aprendiz já esteja munido de mais ferramentas e condições para poder vencer a barreira do idioma.

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Conteúdo excluído
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Consideramos que o que falta para a comunidade lusófona é todo um substrato de linguagens e ferramentas, e que não fiquem restritas a interfaces que só ensinam algoritmos. Delégua é a primeira solução que tem o suporte a IDE (VSCode), funcionamento por linha de comando, funcionamento em navegadores de Internet e completa interoperabilidade entre sistemas operacionais.

A partir dela maturamos as demais soluções: uma linguagem de estrutura de páginas (LMHT), uma linguagem de folhas de estilos (FolEs), uma linguagem de consulta a banco de dados (LinConEs) e, finalmente, um framework que reúna todas elas e possibilite a criação de uma aplicação que seja útil e comercialmente viável.

Claro que ainda tem muita coisa pra implementar. Nosso roadmap para o ano já está bem grande.