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🛡️ Criando uma Rede Local Autônoma com Pi-hole e Raspberry Pi 4: Controle Total, Sem Depender do Roteador


📌 Um guia para programadores, técnicos e entusiastas de redes que desejam assumir o controle da própria rede local com leveza, privacidade e independência.


🧠 Introdução

Em um mundo hiperconectado, depender exclusivamente do roteador/modem fornecido pela operadora pode ser um risco à privacidade, à estabilidade da conexão e ao controle sobre a rede local. Este artigo propõe uma solução prática e acessível: usar um Raspberry Pi 4 com Pi-hole para criar uma rede local autônoma e inteligente, com bloqueio de rastreadores, monitoramento de tráfego DNS e controle granular de dispositivos, independentemente das limitações do seu roteador.


🛠️ O que você vai construir

  • ✅ Um servidor DNS local com bloqueio de anúncios e trackers (Pi-hole)
  • ✅ Uma infraestrutura de rede local paralela, gerenciável, isolada e com total visibilidade
  • ✅ Um ambiente seguro para dispositivos IoT, desktops e mobile, livre de telemetria oculta
  • Opcional: DHCP local, para quem quiser substituir o roteador por completo

🧰 Pré-requisitos

  • 1x Raspberry Pi 4 (recomenda-se modelo com 2GB ou mais de RAM)
  • 1x Cartão microSD (mínimo 16GB, classe 10)
  • Fonte de energia confiável (USB-C 5V 3A)
  • Acesso ao roteador para configurar IPs fixos (ou DHCP desativado)
  • Conhecimentos básicos de redes, Linux e DNS

🧱 Etapa 1: Instale o Pi-hole

No Raspberry Pi já com o Raspberry Pi OS instalado:

curl -sSL https://install.pi-hole.net | bash

Durante a instalação:

  • Escolha "eth0" como interface (cabo LAN)
  • Defina um IP fixo para o Pi (ex: 192.168.1.250)
  • Escolha um dos DNS externos confiáveis (Cloudflare, Quad9, NextDNS)
  • Ative o DHCP do Pi-hole apenas se você deseja que ele substitua o DHCP do roteador

📡 Etapa 2: Criando uma rede local paralela (isolada)

Se você deseja desacoplar sua rede da lógica do roteador da operadora, você pode:

  1. Desativar o DHCP do roteador
  2. Ativar o DHCP local no Pi-hole, definindo:
    • Range IP: 192.168.1.100 a 192.168.1.200
    • Gateway: IP do seu roteador (ex: 192.168.1.1)
    • DNS: o próprio Pi-hole (192.168.1.250)

Isso transforma o Raspberry Pi no cérebro da sua rede.


🧠 Etapa 3: Independência total do roteador

Mesmo que você use o modem/roteador da operadora, com essa configuração:

  • Todos os dispositivos pegam IPs e DNS do Pi-hole
  • O roteador vira apenas uma ponte para a internet
  • Você pode monitorar, bloquear ou redirecionar qualquer requisição de rede
  • Pode inclusive forçar HTTPS filtering com ferramentas como dnscrypt-proxy ou Unbound

🔐 Benefícios

  • 🔒 Privacidade real: bloqueio de domínios de rastreamento (Google, TikTok, Facebook, etc.)
  • Performance: menos requisições inúteis = mais banda útil
  • 🧭 Controle granular: bloquear dispositivos, monitorar requisições em tempo real
  • 🧩 Isolamento de IoT: crie sub-redes para Alexa, Smart TVs, impressoras e afins
  • 🧱 Sem dependência do modem da operadora: ideal para quem troca roteadores ou usa mesh

🧪 Extras e melhorias

  • 📊 Use o painel do Pi-hole para estatísticas em tempo real
  • 🔀 Integre com Unbound para resolver DNS com segurança e anonimato
  • 🔐 Instale WireGuard no mesmo Pi para VPN privada com DNS local
  • 🧩 Adicione listas de bloqueio customizadas (por exemplo: Telemetry, Malware, YouTube Ads)
  • ☁️ Configure backup automático das configurações e logs

⚠️ Considerações finais

Criar uma rede local autônoma com Pi-hole e Raspberry Pi não é só um exercício técnico — é um ato de soberania digital. Ao se libertar das limitações impostas por equipamentos de operadoras, você ganha visibilidade, segurança e controle total sobre o que acontece na sua rede.

Mesmo para programadores ou sysadmins experientes, é surpreendente o quanto tráfego desnecessário (ou malicioso) passa despercebido. Com o Pi-hole, tudo isso vem à tona.


💬 Quer saber mais?

Se você deseja ver exemplos práticos, listas customizadas ou quer saber como integrar isso a um homelab com Docker, Proxmox ou Mikrotik, deixe um comentário ou envie sua dúvida. Poderei expandir com tutoriais de nível avançado:

  • DNS over TLS/HTTPS
  • DNSSEC
  • VLANs com Pi-hole
  • Integração com Grafana, Prometheus ou Zabbix

✏️ Artigo por:

DRUMAS
🔗 Leia também no TabNews: Blindando sua rede doméstica com Pi-hole


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Um Raspberry Pi 4 (2GB, 4GB ou 8GB) com Pi-hole é capaz de suportar tranquilamente de 50 a 250 dispositivos simultâneos, dependendo do uso da rede.

🔬 Fatores que influenciam:
Tráfego gerado por cada cliente:

  • Dispositivos móveis e PCs geram dezenas a centenas de requisições DNS por minuto.
  • Dispositivos IoT, smart TVs e impressoras geram menos tráfego, mas podem gerar picos com telemetria.
  • Carga de trabalho adicional (extras ativados):
  • Pi-hole + Unbound + WireGuard consome mais CPU/RAM que só o Pi-hole.
  • Se for usar Docker, dashboards ou logging pesado, o ideal é ter 4GB ou mais de RAM.

Armazenamento e logs:

  • O uso intenso de logs pode degradar cartões SD comuns. Prefira SDs de classe A1/A2 ou SSD externo via USB 3.0.

Rede local (switch/roteador):

  • O Raspberry só faz o papel de DNS/DHCP. A infraestrutura LAN ainda depende de bons switches e roteadores Wi-Fi.

📊 Benchmarks e estimativas práticas:

  • Em testes com 50 dispositivos (notebooks, celulares, TVs, Alexa), o uso médio de CPU fica abaixo de 10%.
  • Com 100+ dispositivos simultâneos em ambientes empresariais leves, Pi-hole com Unbound ainda roda com folga.
  • Em escolas, coworkings ou escritórios pequenos, já há casos de uso com 200 a 300 dispositivos.

Finalizando

O Raspberry Pi 4 não é apenas capaz, ele é ideal para redes de pequeno a médio porte com foco em privacidade e controle. Com ajustes simples (como uso de SSD e gerenciamento de logs), suporta dezenas ou até centenas de dispositivos sem travar, mesmo com DNS recursivo ou VPN.

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Rapaz, pergunta super relevante. Saber a quantidade de clientes que posso pendurar na rede é muito importante. Tecnicamente dá para vender rede privada como um produto.

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Sim, é totalmente possível integrar o Pi-hole com o Grafana em um homelab caseiro utilizando um Raspberry Pi 4 (ou até mesmo o 3, se o uso for mais leve).

Essa integração permite que você visualize em tempo real e de forma interativa os dados coletados pelo Pi-hole — como domínios bloqueados, dispositivos mais ativos e padrões de tráfego DNS.


🧱 O que você precisa:

  1. Pi-hole
    É o núcleo do sistema: filtra o tráfego DNS da rede e coleta estatísticas sobre bloqueios e acessos.

  2. Middleware de coleta (como Prometheus ou InfluxDB)
    Atua como uma ponte entre o Pi-hole e o Grafana, organizando os dados em séries temporais para facilitar a leitura.

  3. Grafana
    É a interface de visualização: conecta-se ao banco de dados e exibe gráficos, contadores e dashboards interativos.


🏠 No seu homelab com Raspberry Pi:

  • O Raspberry Pi 4 é ideal, com 4GB de RAM ou mais, e dá conta de todos os serviços com boa performance.
  • O Raspberry Pi 3 também funciona, mas pode ficar limitado em desempenho. Neste caso, mantenha o sistema o mais enxuto possível (sem interface gráfica, por exemplo).
  • Utilizar containers (Docker) facilita bastante a organização dos serviços, mas não é obrigatório.

💡 O que você ganha com isso:

  • Ver quais dispositivos mais usam DNS na sua rede
  • Identificar domínios bloqueados com mais frequência
  • Monitorar picos de tráfego ou comportamentos suspeitos
  • Visualizar tudo com painéis bonitos e informativos em tempo real
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Obrigado por responder, mas você não explicou como integrar isso, passo a passo, tutorial. Sua resposta é semelhante a uma IA, pois repetiu muito o que foi dito como "🧱 O que você precisa:", isso já está declarado no post principal. Espero que me compreenda. 🤝

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A minha ideia, nunca foi dar um passo a passo, pois isso iria demorar, mas explicar como é possivel fazer, eu mesmo uso um pi4 em casa com minha vpn sempre conectada de casa no meu celular.

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