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Express, Fastify e Hono — Qual escolher para sua API?

Se você já criou uma API em Node.js, provavelmente esbarrou no Express. Talvez tenha ouvido falar do Fastify como alternativa mais rápida. E, mais recentemente, alguém pode ter mencionado o Hono, esse “menino novo” que roda até na borda (edge).

Como alguém que já trabalhou com os três, quero mostrar as diferenças de forma direta, sem enrolação, para que você escolha com consciência no seu próximo projeto.


1. Filosofia e Objetivo

  • Express (2010)
    Minimalista e flexível, nasceu para simplificar a criação de apps web e APIs REST. É praticamente um “canivete suíço” do Node.js, mas sua arquitetura já mostra sinais da idade.

  • Fastify (2017)
    Criado para ser rápido, tipado e com validação de dados embutida. Pensa no Express, mas otimizado para lidar com alta carga e com TypeScript em mente desde o início.

  • Hono (2021)
    Minimalista, ultra-performático e pensado para rodar em qualquer runtime moderno — Node, Deno, Bun, Cloudflare Workers, Vercel Edge. Perfeito para serverless e microsserviços leves.


2. Performance

Testes médios de benchmarks (requests por segundo):

FrameworkRequests/sObservações
Express~ 20–40kMais lento, middlewares síncronos e arquitetura antiga.
Fastify~ 70–90kÓtimo para alta carga, serialização rápida de JSON.
Hono~ 180–300kAbsurdo de rápido, pensado para runtimes modernos.

Se performance máxima é prioridade, Hono leva fácil. Mas lembre-se: performance não é tudo — ecossistema e manutenção contam muito.


3. Ecossistema e Plugins

  • Express
    Ecossistema enorme, com milhares de middlewares. Mas o tempo cobrou seu preço: muitas libs estão desatualizadas ou mal mantidas.

  • Fastify
    Sistema de plugins oficial, validação com JSON Schema, decorators e hooks. Comunidade ativa e crescendo rápido.

  • Hono
    Ecossistema pequeno, mas já com middlewares para CORS, JWT, autenticação e roteamento avançado. Tudo muito enxuto.


4. Sintaxe

Express

import express from 'express';
const app = express();

app.get('/hello', (req, res) => {
  res.send('Hello World');
});

app.listen(3000);

Fastify

import Fastify from 'fastify';
const app = Fastify();

app.get('/hello', async (request, reply) => {
  return { msg: 'Hello World' };
});

app.listen({ port: 3000 });

Hono

import { Hono } from 'hono';
const app = new Hono();

app.get('/hello', (c) => c.text('Hello World'));

export default app;

5. TypeScript

  • Express — suporte via @types/express, mas a experiência não é fluida.
  • Fastify — excelente integração, tipagem de rotas e schemas de forma natural.
  • Hono — 100% escrito em TypeScript, inferência automática de parâmetros e body.

6. Runtimes Suportados

FrameworkNode.jsDenoBunCloudflare WorkersVercel Edge
Express⚠️
Fastify⚠️
Hono

Se você pretende rodar em edge/serverless, Hono é praticamente a única escolha viável.


7. Quando usar cada um

  • Express → Projetos legados, times acostumados com a API, quando a prioridade é simplicidade e compatibilidade com libs antigas.
  • Fastify → APIs modernas em Node.js, que precisam de performance, tipagem e validação robusta.
  • Hono → Microsserviços, serverless, edge computing, APIs ultrarrápidas e minimalistas.

Conclusão

Não existe “o melhor” universal.
O Express ainda é ótimo para quem precisa de estabilidade e não se importa tanto com velocidade.
O Fastify é uma escolha sólida para Node.js moderno, com alta performance e boas práticas embutidas.
O Hono é o canivete suíço das aplicações edge, extremamente rápido e pronto para múltiplos runtimes.

Se você está começando um projeto novo e quer pensar no futuro, especialmente com serverless, vale muito olhar para o Hono.


E você? Já trabalhou com algum desses? Qual foi sua experiência?

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Hoje em dia eu uso o Nestjs, um framework bem maduro e projetado para escalar, tanto a nivel de performance como arquitectura, manutenção... O interessante é que você pode escolher a plataforma/engine, ie, funciona tanto com fastify e express. Eu pessoalmente uso apenas com o express... eu diria que, nas devidas proporção, ele pode ser considerado o springboot no ecossistema do nodejs... recomendo