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feitozabruno
1 min de leitura ·

Pare de tentar transformar projetos em produtos

Cerca de 6 meses atrás iniciei meu primeiro projeto pessoal que não fosse de tutorial, a idéia era treinar programação e ter um projeto para por no portfólio e me ajudar a conseguir uma vaga de dev.

O projeto era um sistema de reserva entre profissionais e clientes, um CRUD com front, back e db.

Hoje 6 meses depois o projeto tem logotipo, verificação de email, recuperação de senha, sistema de perfis profissional/cliente, notificação de agendamento/cancelamento por email, regras de negocio ultra complexas, tratamento de cenários que nunca aconteceram e mais um monte de bugigangas.

Eu passei de alguém que queria mostrar habilidade técnica ao recrutador, para um empreendedor tentando entregar um produto para o usuário final, programando algo que não precisava ser desenvolvido.

O conhecimento não foi perdido, mas com certeza me atrasou a conseguir uma vaga, eu poderia ter usado esse tempo para desenvolver mais projetos e aprender coisas mais úteis e interessantes.

Enfim. Ainda não sou um bom escritor de código, quem dirá de artigos. Esse é apenas um relato pessoal e espero que salve alguem se cometer o mesmo erro que eu, vou ajustar a rota e seguir em frente. Dicas são sempre bem-vindas.

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roremeol

Boa dia!

Me identifiquei bastante com o seu relato! Também sou como você, que tenta resolver problemas que ninguém me pediu para resolver e já comecei (e falhei) em vários projetos. Mas, com o tempo, percebi que se eu não começo, eu já falhei de cara. Então sigo testando, aprendendo e ajustando a rota.

Queria compartilhar algumas coisas que aprendi no meu último side project (sem nenhuma pretensão de parecer que sei tudo, é só aquela vontade de ajudar mesmo sem você ter pedido 😄), o Griô, uma rede colaborativa de compartilhamento de livros infantis. Cada livro tem um QR Code na quarta capa, e isso permite que ele circule de mão em mão sem que eu precise saber para onde foi ou que ele volte para mim. (E sim... estou aqui repetindo exatamente o padrão que acabei de admitir 😄):

  1. Começar por algo dentro do seu círculo de competência ajuda demais

Quando você desenvolve algo que está perto das suas habilidades ( ou das habilidades de alguém próximo ) tudo flui com mais naturalidade. As portas se abrem mais rápido.

Exemplo: minha esposa é pedagoga e trabalha em uma escola infantil. Por isso, fomos convidados a apresentar o projeto na feira literária de 2025.

  1. Nenhum produto se vende sozinho

A parte técnica costuma ser a mais "fácil". O "difícil" mesmo é fazer as pessoas descobrirem o que você criou e convecelas de comprar.

Na internet (com o CAC cada vez mais alto, especialmente para produtos de low ticket ) vender, conquistar atenção e criar hábito de uso é um desafio enorme. Isso exige tempo e dedicação em áreas que muitas vezes não têm relação com as nossas principais expertises

Recomendo muito esse trecho do Flow, que explica esse conceito de forma excelente

  1. A solução freemium quebra barreiras

Percebi que oferecer uma porta de entrada gratuita ( ou que não precisa de cadastro para usar, pois parece pegadinha ) reduz muito a fricção inicial. Quando a pessoa pode experimentar antes de pagar ( ou mesmo assinar ), ela se sente mais segura para continuar. Isso não significa "trabalhar de graça", mas criar um caminho que facilita a adoção e aumenta a confiança no produto.

No nosso caso, nós entregamos o livro físico em mãos e no tempo do usuário, ele se cadastra e passa a integrar a rede.

Tenho muitos outros aprendizados para compartilhar, mas deixei aqui apenas os que realmente podem ajudar você a não desistir. Quando alguém talentoso desiste, eu e o mundo inteiro perdemos um pouco. Espero, de verdade, conseguir contribuir para que isso não aconteça.

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feitozabruno
  • Autor
    Autor

Opa, roremeol obrigado por compartilhar sua experiência e pelas dicas.

percebi que se eu não começo, eu já falhei de cara.

Essa mentalidade clicou no meu cérebro e destravou algo, com certeza vou levar pra vida.

Sobre seu projeto Griô, o fato de entregar algo que funciona e com usuários de verdade já o coloca na frente de muitos.

  1. Começar por algo dentro do seu círculo de competência ajuda demais

Não acho que meu contexto seja tão ímpar assim, mas não consigo visualizar nada ao meu redor que eu possa trazer para programação, mas vou pensar por mais um tempo.

  1. Nenhum produto se vende sozinho

Exatamente, é importante se dedicar a um projeto com potencial de se tornar um ativo, porém, primeiro acredito que é preciso ter uma estabilidade na carreira, e depois criar produtos.

  1. A solução freemium quebra barreiras

Com tanta concorrência hoje em dia, acredito que os modelos freemium é o que faz o usuário escolher o seu produto ao invés do outro, quanto mais valor você entregar para ele, mais chances ele terá de ficar com você, vejo muito SaaS entregando features muito básicas ou extremamente limitadas para forçar o usuário adquirir um plano, eu pretendo fazer diferente.

consideração final

Desistir não é uma opção, eu sempre comparo o estudo da programação com medicina, é díficil e leva um bom tempo para aprender não só a teoria, mas a prática também, e faz parte da jornada tropeçar, desviar do caminho, recalcular a rota e seguir em frente, eu gostaria que fosse mais fácil (rsrsrs) mas é a vida.

Um abraço e sucesso para você.🤝

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hinckel

existem abordagens pra esse tipo de estudo!

com foco nas tecnologias, talvez você se aprofundou demais.

mas com foco em sistema (analista de sistema, desenvolvedor, QA, dono de produto, dentre outros necessários para área...), essa abordagem é totalmente válida e te faz aprender cenários de testes, usabilidade, tratamentos de cenários alternativos, caminhos felizes de uso do sistema, questionar o fluxo do negócio, e assim por diante.

TUDO depende do tipo de vaga que você vai se inscrever, mais técnica: foco em tech, stack, framework, conceitos. mais sistema: cenários e fluxos, validações, dilemas e como resolveu, CRUD... ;)

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RodrigoSchio

Você clicou no botão EXCLUIR PROJETO/PRODUTO ?
Ou deixou na lixeira ?

Eu pergunto porque acho que vivemos em uma época de acúmulo...
Acumulo de conversas... de contatos... de arquivos...

Expor esse acúmulo é importante para mim.

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3Admin

Tabalho como desenvolvedor web já uns 3 anos e ao longo deste tempo crio sistemas para a empresa que eu trablho, ou seja para os seus cliente. E para ser sincero sempre quis ser um empreendedor, não apenas pensar no código mas também no processo completo desde o levantamento de requisitos/planeamento até no lançamento e Marketing. E é exatamente que estou a fazer agora não sendo apenas um programador mais sim um desenvolvedor de soluções.

Até mesmo se seu objectivo é apenas ser empregado com tuas habilidades adquirida ao longo do desenvolvimento e lidar directamente com clientes, será muito mais valorizado doque apenas um projecto de portfólio.

O que eu estou a dizer é, se estivesse a começar agora é exatamente o que eu faria (e estou a fazer atualmente).

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feitozabruno
  • Autor
    Autor

Com 3 anos de experiência em desenvolvimento, empregado, com salário caindo na conta, vivendo o sonho, com certeza eu não estaria desenvolvendo projetos e sim produtos. Mas não é minha realidade. Desenvolvedor de soluções, é uma palavra bonita e impressiona, mas criar algo que as pessoas precisem e queiram realmente usar e pagar por isso é extremamente difícil e muitos falham, mas claro, sempre tem gênios por aí.