Cara, teu texto faz muito sentido — dá pra ver que você tem uma visão bem madura da coisa. Bora trocar ideia sobre isso.
Você tocou num ponto chave: não é a linguagem que é difícil, é o problema que você está resolvendo. Isso é a mais pura verdade. A galera muitas vezes confunde complexidade da linguagem com complexidade do domínio. Você pode estar em C resolvendo um problema simples, ou em Python resolvendo um quebra-cabeça gigantesco de machine learning em produção, e a treta real vai estar mais no o que você tá fazendo do que com o quê.
Linguagens "difíceis"? Ou só mal faladas?
Tem muito de "lenda urbana" mesmo. Java? O pessoal fala que é difícil porque é verboso. Mas verboso não é igual a difícil. É só mais coisa pra digitar e lembrar. C? A galera treme nos ponteiros, mas se você entende o que tá acontecendo debaixo dos panos, C vira até mais previsível do que muitas linguagens modernas cheias de abstrações.
Você mandou muito bem dizendo que
“as pessoas piram com conceitos novos porque todo mundo teme”. <
Exato. É o medo do desconhecido. Não é que programação funcional seja difícil, é só diferente. Se a pessoa nunca viu, vai dar aquele tilt natural de quando você troca o chão que ela tava acostumada a pisar.
“Se você é contratado, você já sabe programar”
Sim! Tipo, o básico você domina. Os problemas que surgem não são mais do tipo “como eu faço um for?”, e sim "por que essa função tá dando race condition?" ou "por que meu sistema desacopladinho tá virando uma bola de espaguete?". E isso aí não tem nada a ver com a linguagem. Pode acontecer até em Python, que é considerada “fácil”.