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Meu relato depois de iniciar um SAAS há um ano e meio.

Há mais ou menos um ano e meio, iniciei um SAAS com outros dois cofounders. Era uma dor que eu já sabia há mais ou menos 2 anos, antes de iniciar a solução, então não foi pelo hype do SAAS.

Para construí-lo, fiquei 7 meses sem trabalhar em nenhuma outra empresa, investindo em média de 10 a 12 horas por dia nesse projeto. Cada sócio colocou o que podia nesse CNPJ.

Fiz de tudo! Contratei gente, estudei o mercado, conversei por horas com o designer e refiz várias vezes as mesmas telas. Trabalhei fortemente na arquitetura para ser algo simples e de fácil manutenção, sem perder a escalabilidade ou comprometer a evolução, mas sempre mantendo o olho no custo de manutenção, pois acredito que é isso que vai me fazer ter uma empresa saudável em termos de custos. Tudo isso com a ajuda dos sócios é claro! Um é developer também e o outro é a pessoa que sentia a dor todos os dias até que conseguimos resolver.

Conseguimos um apoio da Microsoft para ajuda de custos em cloud e, além de muito tempo, colocamos dinheiro nisso. Há 2 meses atrás, lançamos oficialmente a plataforma.

Desde então, temos 750 usuários dentro da plataforma, e o número vem crescendo rápido desde o lançamento, por volta de 150 usando toda semana.

Tem sido muito puxado, pois depois de 7 meses voltei ao mercado de trabalho, onde preciso dedicar 8 horas por dia, e depois ainda vou para o nosso projeto. Porém, evoluí muito como profissional e isso também se reverteu em um profissional mais completo no mercado, então meu tempo agora vale mais, o que já é um beneficio.

Conforme o projeto cresce, tenho ido para outras áreas, como gestão do projeto, criação de demandas, estudo de mercado, e também me envolvido na comunicação para montar o time e trazer mais usuários. Hoje, somos 8 pessoas envolvidas no projeto, todos como freelancers, e estou ansioso para internalizar a primeira pessoa. Porém, isso é uma decisão que necessita muito planejamento e tática, para internalizar quem vai trazer mais valor para o projeto e não apenas alimentar o meu ego. Não é fácil abrir mão da tecnologia e ir para a gestão, mas é o que precisa ser feito no momento.

Como gestor, tenho aprendido que preciso fazer o que precisa ser feito, não o que "acho" que deve ser feito. Estou há 12 anos no mundo do software e já trabalhei e trabalho para empresas de diferentes países há mais 6 anos, geralmente pego projetos de contrato a curto prazo, e isso me deu a oportunidade de estar e muitos projeto diferentes e também iniciar muita coisa do zero. Acredite, deixar o problema aparecer e depois resolver é a melhor coisa que você pode fazer em um projeto de curto budget. Talvez ele nunca apareça.

Agora entendo o quanto é difícil deixar o débito técnico como débito técnico e focar no que traz valor.

O nome do projeto é Oquesobra e ajudamos vendedores de marketplace a entenderem os seus lucros.

Já estamos processando na casa de milhão de vendas, alertando cara usuário sobre cada venda que precisa ser melhorada. Não é um projeto pequeno, não é simples, tem muita conta mas é um desafio interessante!

Depois disso tudo, mesmo sabendo que o projeto ainda tem muito chão pela frente antes de se pagar, eu me sinto animado para levar isso adiante.
Acredito que, até o projeto se pagar, vamos precisar dedicar dinheiro dos nossos bolsos e muito tempo de nossas vidas por mais uns 2 anos. Porém, eu não conheço um caminho mais rápido que esse para criar algo sólido.

Está aqui meu relato, obrigado se você leu até aqui.

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Parabéns pela iniciativa!
Sou da área do ecommerce (empresa Smart Norte).
Vocês já pensaram em criar um hub de integração? Aparentemente, isso não seria difícil para vocês, já que precisam consumir a api do Meli, Magalu, Amazon etc. para fazer o sistema rodar.
Veja, gostei da iniciativa de vocês e sei que o sistema entrega dados valiosos, mas observe que hub de integração igual a Ideris, por exemplo, já mostra informação de LL.
Hoje, se eu tivesse o conhecimento de vocês, "apostaria" num hub de integração decente. Sentimos falta de algo que realmente funciona. E os que funcionam, cobram comissão sobre a venda (1%, em média). Num faturamento de 2mi mês, o seller paga 20k mês. Muito dinheiro. Atualmente utilizamos a Ideris. Pagamos 2k mês. Não cobra comissão, no entanto, deixa a desejar em muitos aspectos.
Desejo sucesso na sua empreitada!

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Boaa, obrigado pelas dicas!!

Dei uma olhada no Ideris e não tenho certeza se ele vai resolver o nosso problema, acredito que ele vá arrumar um e gerar outros mas vou analisar com mais cuidado.

Mais uma vez obrigadoo

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Na verdade, a ideia não seria vocês utilizarem a Ideris; seria a criação de um hub de integração de marketplaces melhor que a Ideris. Deve ser complexo, mas nós, sellers, precisamos disso. É uma dor real de muitos sellers. Existem alguns hubs no mercado, no entanto, como eu disse, não funcionam bem. Basta ver no Reclame Aqui. Os que funcionam bem cobram comissão sobre as vendas, o que inviabiliza para quem tem faturamento alto. Outra dor real é a gestão própria de estoque full. Enfim, são muitas coisas.

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Obrigado!

Na verdade pagantes são muito poucos mesmo, liberamos a plataforma a alguns meses mas não forçamos as pessoas a pagarem porque o objetivo era validar que estavamos resolvendo o problema delas, então focamos em ter gente usando mesmo que sem pagar.

Depois disso que iniciamos o desenvolvimento do modulo de pagamentos, temos esse modulo a poucas semanas e agora que estamos trabalhando na comunicação para tranfromar os usuarios em pagantes. Fazer a comunicação com os users é desafiador, manter as pessoas engajadas e fazer com que entendam o valor do negocio é crucial para conseguir cobrar um valor justo pra ambos os lados.

Porém, tem sido uma experiencia irada!

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Gerson, parabéns, sei como é o desafio de colocar um projeto no ar, fiz o mesmo caminho passando de desenvolvedor para gestor.

Agora estou com meu projeto Asaas no ar, na etapa inicial de validação, operando com amigos, é uma plataforma para gestão de campanhas UGC.

Um grande abraço! Bom Trabalho!

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