Você não está sozinho nesse sentimento. Isso é bem comum quando alguém dá o primeiro passo em um projeto real.
O que você está vivendo tem nome: síndrome do impostor com falta de planejamento técnico inicial.
- Você pulou etapas?
Provavelmente sim. Um projeto desse tipo (totem de autoatendimento) envolve várias camadas:
- UI/UX (tela do usuário).
- Backend (lógica do pedido, autenticação, integração).
- Banco de dados (armazenar pedidos, usuários, cardápio).
- Integração com pagamento (maquininha / API de adquirente).
- Integração com cozinha (fila de pedidos, impressão de senha, monitor).
- O que fazer agora
Em vez de desistir, divida o monstro em pedaços pequenos:
1. Fluxo do pedido (sem banco, sem pagamento ainda):
- Criar uma tela simples onde o cliente seleciona um item e envia.
- Esse pedido pode, no início, ir para um JSON ou arquivo local só para validar o fluxo.
2. Banco de dados:
- Comece com algo simples como SQLite (local) ou PostgreSQL/MySQL (se for crescer).
- Estruture tabelas mínimas: usuarios, produtos, pedidos.
3. Envio de imagens e informações:
- Primeiro faça upload local (pasta no servidor).
- Depois evolua para algo na nuvem (S3 da AWS, Google Cloud Storage, etc.).
4. Integração com maquininha:
- Isso é sempre via API do provedor (ex: Cielo, Stone, Rede, PagSeguro).
- Pegue a documentação da adquirente escolhida e leia os exemplos práticos.
5. Senha e pedido na cozinha:
- Pode ser tão simples quanto:
- Gerar um número incremental (001, 002, 003).
- Salvar o pedido no banco com status "em preparo".
- Exibir numa tela ou imprimir em impressora térmica (se tiver).
3. Mentalidade para não travar
- Aceitar que não vai saber tudo agora. Você vai aprender no processo.
- Pesquisar por pedaços. Não tente resolver banco, upload e pagamento de uma vez.
- MVP (Produto Mínimo Viável): antes de pensar na maquininha, faça o pedido ir para o banco e aparecer para a cozinha. Depois você conecta o pagamento.
4. Errei em aceitar o projeto
Não. Você aceitou um desafio que vai te obrigar a crescer. O erro seria não pedir ajuda, não quebrar em etapas e tentar abraçar tudo sozinho.