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Desafios nas relações profissionais

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A insatisfação no ambiente de trabalho muitas vezes surge de dinâmicas interpessoais que podem ser tão impactantes quanto a própria estrutura organizacional.

Estou sobrecarregado devido à responsabilidade de concluir tarefas que outros membros da minha equipe não conseguem realizar.

A promoção do Zezinho ocorreu devido à sua relação com o gestor, apesar de haver indivíduos com méritos mais evidentes.

Possuo o mesmo nível de cargo e recebo uma remuneração 25% inferior.

Foi contratada uma pessoa que recebe uma remuneração consideravelmente mais alta, apesar de desempenhar apenas metade das responsabilidades que eu assumo.

Meu superior demonstra falta de assertividade, e a distribuição de suas cobranças não é uniforme entre os membros da equipe.

Estes são apenas alguns dos diversos exemplos que presenciei/convivi. Quando as pessoas percebem colegas realizando tarefas inadequadamente, sem enfrentar consequências, a frustração pode se instalar. A sensação de injustiça é agravada quando afinidade com a liderança parece influenciar as promoções, não levando em consideração o mérito e desencorajando o esforço individual.

A presença de gestores incapazes e omissos contribui para um ambiente sem comando. A ausência de quem direcione as pessoas para um objetivo comum, pode resultar em uma cultura organizacional desorganizada, onde a responsabilidade é diluída e a motivação dos funcionários é prejudicada. É imprescindível ter liderança e autoridade, e não ser micro gerenciador, que envolve monitoramento excessivo e controle minucioso das atividades dos subordinados. A autoridade é fundamental para impulsionar a inovação e implementar mudanças organizacionais. Líderes com autoridade têm a capacidade de catalisar e direcionar iniciativas que impulsionam a inovação e a adaptação às mudanças do mercado.

Um bom líder estabelece direção, define expectativas claras e toma decisões assertivas, proporcionando estrutura e liderança sem cair na armadilha do microgerenciamento, que pode sufocar a autonomia e a criatividade dos membros da equipe.

Encontrar o equilíbrio certo entre liderar com segurança e permitir espaço para a inovação e a responsabilidade individual é fundamental para criar um ambiente de trabalho saudável e eficiente. Isso incentiva a colaboração e a motivação, ao mesmo tempo que evita práticas que possam minar a confiança e o engajamento da equipe.

A percepção de que esforços diligentes não são devidamente reconhecidos pode corroer a moral e minar a produtividade.

Mas quais são os motivos disso se perpetuar? Bom…

  1. Falta de Transparência e Comunicação.

    • Na minha vivência profissional, observei que alguns gestores não sabem como lidar com situações de conflito. Eles preferem evitar confrontos e preservar seus cargos, mesmo que isso prejudique o clima organizacional. Essa é uma realidade que precisa ser transformada.
  2. Cultura de Conformidade em Detrimento da Excelência.

    • É mais fácil manter o estado atual das coisas, mesmo não sendo o mais lucrativo/melhor pra empresa. Excelência implica trabalho, e trabalho demanda esforço. No mercado de trabalho, há muita mediocridade (qualidade mediana), e a maioria das pessoas se contenta em fazer o mínimo. Isso vale também para os gestores!
  3. Favorecimento Pessoal.

    • Um gestor naturalmente se cerca de pessoas em qual confia/confiou. Não é natural acreditar que algumas delas podem não estar desempenhando o melhor pra empresa. Sua avaliação é prejudicada pelo confiança.
  4. Pensamento visando melhor individual e não empresarial.

    • Egocentrismo, geralmente influencia na tomada de decisões que visem o melhor para si mesmo e não no que é melhor para a empresa. Isso vale para todos!

Obviamente algumas pessoas me perguntarão se estou sendo “vitimista” ou até inimigo do capitalismo. E eu te respondo: Não. Naturalmente temos nas organizações os acometidos da Síndrome do paranoide (eu chamo assim :D). Ela ataca principalmente as pessoas que estão mais longe do “estratégico” e não percebe que nem tudo que acontece é mal intencionado. As pessoas tem suas convicções e nem sempre serão iguais aos demais. Um gestor tende a ter uma visão holística e toma decisões baseado em conhecimento mais amplo, o que nem sempre ficará claro para todos. Nem tudo é negativo e nem todas as decisão serão compartilhadas. That is the game!

É crucial que as empresas cultivem uma cultura transparente, baseada no mérito e na responsabilidade. Abordar essas questões requer não apenas uma liderança eficaz, mas também sistemas de avaliação e promoção justos. Isso não apenas incentiva o desempenho individual, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e motivador, onde as preocupações legítimas dos funcionários são ouvidas e abordadas.

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