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Como encontraram o seu próprio caminho no mundo da programação?

Fala galera, gostaria de elucidação sobre alguns pontos.

Atualmente estou indo para o 6 semestre de Ciência da Computação, quase concluindo o curso mas me pego frequentemente pensando sobre meu futuro como programador. Sendo bem sincero, até hoje eu não tive nenhuma disciplina que quando eu estivesse estudando eu me identifica-se a ponto de olhar e falar "É com isso que realmente quero trabalhar!".

E por muitas vezes, isso me traz um sentimento absurdo de culpa, pois até agora não consegui um estágio por me sentir sem preparo em alguma área especifica. Gostaria de saber o que foi que motivou vocês (principalmente os desenvolvedores que estão já no mercado), em qual momento que vocês decidiram qual caminho tomar.

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Pra mim, o que virou a chave de uma forma que NENHUMA matéria da faculdade jamais conseguiu foi uma única experiência: o Google Summer of Code (GSoC).

Se eu pudesse voltar no tempo e obrigar meu "eu" estudante a fazer uma única coisa, seria essa. Esqueça tudo, por um momento, e ouça por que isso é quase irrecusável e pode ser a resposta que você procura:

O GSoC resolveu todos os problemas que você citou (e eu também tinha) de uma só vez:

  1. O Problema: "Não sei do que eu gosto."

    A Solução do GSoC: Você não recebe um projeto. Você ESCOLHE o projeto. O programa funciona assim: centenas das maiores organizações de código aberto do mundo (pense em Python Software Foundation, Mozilla, Blender, a galera que faz o Linux, etc.) propõem projetos. Você, o estudante, vai navegar por essa lista gigantesca e dizer: "Hmm, esse projeto aqui sobre inteligência artificial no GIMP me parece incrível" ou "Nossa, melhorar o player de vídeo do VLC? Quero isso!". Você finalmente tem o poder de alinhar seu trabalho com um interesse genuíno seu, seja games, ciência de dados, sistemas operacionais, o que for. Foi a primeira vez que eu senti que estava no controle, e não apenas fazendo uma lista de exercícios.

  2. O Problema: "Me sinto sem preparo, com síndrome do impostor."

    A Solução do GSoC: O programa é FEITO PARA ESTUDANTES. Ninguém espera que você seja um desenvolvedor pleno. O ponto central é que cada estudante selecionado ganha um mentor dedicado da organização. Um dev experiente que vai te guiar, revisar seu código, tirar suas dúvidas e te ensinar as boas práticas do mundo real. É como ter um professor particular turbinado que trabalha no projeto que você ama. A barreira de entrada é sobre sua vontade de aprender e sua proposta, não sobre o que você já sabe.

  3. O Problema: "Não consigo um estágio."

    A Solução do GSoC: Isso é um "estágio" com superpoderes. Primeiro, é remunerado (e bem, em dólar). Segundo, é remoto, te dando flexibilidade. Terceiro, e mais importante: o peso que "Google Summer of Code" tem no currículo é absurdo. Mostra iniciativa, proatividade, capacidade de trabalhar em equipe globalmente e que você foi selecionado em um programa competitivo. Depois que coloquei o GSoC no meu curriculo, o jogo virou.

A Verdade Nua e Crua:

A faculdade te ensina a nadar na piscina. O GSoC te joga no oceano, mas com um salva-vidas (o mentor) e um mapa (o projeto). Foi ali que eu aprendi de verdade sobre Git, code review, comunicação assíncrona, e vi meu código sendo usado por centena de milhares de pessoas. A sensação de ter um commit seu aceito em um projeto mundialmente famoso acaba com qualquer sentimento de culpa ou de não pertencimento. Você fez algo real.

Meu conselho pra você, de forma bem direta:

Esquece essa culpa por um segundo. Você não está atrasado. Você só não encontrou o playground certo.

Entre AGORA no site do Google Summer of Code.

Clique em "Organizations" e olhe a lista de empresas dos anos anteriores.

Veja quais projetos te despertam um mínimo de curiosidade.

Comece a fuçar no código deles, a entrar na comunidade (Discord, fórum).

O processo de aplicação geralmente começa no início do ano, então você está no tempo perfeito para se preparar (para o ano que vem)

Foi o GSoC que me fez olhar pra uma área e falar: "É isso. É aqui que eu quero ficar". Porque pela primeira vez, não era sobre passar numa prova, era sobre construir algo que eu achava f*da.

Força aí, cara.

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Hum, eu já estive no msm ponto q vc e no final eu peguei o estágio q consegui achar pela frente, pois era o mais popular na época (e ainda é, mas com outras tecnologias). Eu me arrependo amargamente disso, mas eu não me condeno por isso, pois na época eu era imaturo demais, tanto em capacidade de tomar decisões, qnto em personalidade msm.
E não estou dizendo q vc é assim, mas eu sei como é essa angústia de ver seus colegas indo pra empresas específicas, podendo escolher qual entrar, e eu apenas sair garimpando o q achar pela frente. Imagino q isso deva ser normal para a grande maioria dos iniciantes.

Mas o bom q vc percebeu isso e o melhor é q vc correu atrás para sanar esse problema. Poucas pessoas buscam solucionar isso.

Então qual é minha dica. Estude. E não digo estudar a tecnologia, estude as áreas. Hj temos várias coisas, desde os mais fáceis de encontrar emprego: fullstack, backend, mobile, devops, até os mais complicados: cibersegurança, jogos, etc. Conheça cada um, tente ver mais ou menos sobre o q eles fazem (iot, jogos, sistemas de segurança), q tecnologias eles usam (linguagem de programação, alguns frameworks, tipos de hardware como arduino, etc), qual é o foco de cada um (se é hardware, se é sites, se é celulares), e por assim vai. Tbm tem outros mais fora do contexto da programação como devops, analistas de sistemas, bigdata, analistas de dados, banco de dados, IA, QA, UX, etc.

Guarde tudo isso em um google sheets e vá separando conhecendo um pouco de cada área. Assim vc vai tendo uma noção geral de tudo q vc pode trabalhar.
Tbm recomendo dar uma olhada no roadmap.sh, ele é um site q mostra o q é necessário para q vc consiga trabalhar com aquela área (e q fique claro q vc não é obrigado a aprender tudo, por exemplo, da minha área eu conheço acho q uns 60-70%, pois é impossível saber de cabo a rabo de uma área).

Tbm recomendo dar uma garimpada nos empregos, pois dependendo do emprego, como disse antes é mais ou menos difícil de achar. E tbm a dificuldade de entrar, pois tem área q tem vagas, porém tem milhares de pessoas tentando e isso pode ser algo ruim.

Ai com base no q vc viu, veja qual dele vc se identifica mais. Não precisa ter preciosismo, a nossa vida não é uma linha reta. Se vc escolher uma, não significa q vc irá trabalhar com aquilo pra sempre.

Por exemplo, eu entrei na facul pensando em ser um dev de game. Nunca fui profissionalmente. Sai da facul como fullstack, tentei mobile autonomo, desisti da profissão, trabalhei como faxineiro, cozinheiro, camareiro, qse fui guia de turismo, mas qndo a água bate na bunda a gente volta a fazer o q sabe, então voltei e decidi focar novamente em mobile e estou até hj. Mas esse é meu ganha pão, pois em paralelo ao meu trabalho, estou fazendo um desktop (pra gerenciamento de dados pessoais), e um jogo (por puro orgulho de nunca ter feito um jogo completo e o motivador de ter entrado na area, ahhaahah).
E tbm no meu futuro, como estou pretendendo construir minha casa, estou aprendendo outras coisas fora da programação, e tbm terá um momento q quero mexer mais com eletronica para automatizar certas partes da casa. Eu já tenho conhecimento de elétrica básica (eu fiz SENAI qndo adolescente), então isso já ajuda um pouco a mexer com isso. Já consertei uma placa, estou tentando consertar outra (pq não consigo tirar a bendita solda msm com alguns equipamentos para isso, kkkkk).
Vc viu? Vc não precisa aprender só uma coisa, vc pode fazer N coisas na sua vida. Claro q inicialmente foque em uma, por isso foque aquele q vc sente mais atração. Não importa o q. Depois com o tempo vc vai deslanchando para coisas novas.

Espero ter guiado vc de alguma forma, boa sorte ai nas suas escolhas.

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Já tô na área de dev há algumas décadas. É bem comum ver profissionais mudando de área. De dev pra testes, e vice-versa, de dev pra gerente, de dev pra arquitetura e vice-versa. Nossa área é bem aquela música do Raul Seixas:

"eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

Então, não ficaria com peso na consciência. Uma hora tu percebe que ta ganhando pouco, vê um colega em outra área ganhando mais, acaba motivado pra mudar. Se algum dia tu criar um SaaS que dê bastante grana, pode acabar mudando pra CEO e largando programação.

Esses dias ví o perfil de uma ex-colega no LinkedIn, ela era desenvolvedora em um banco onde trabalhamos juntos. Agora ela é Agile Coach; nem programa mais.

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Eu percebi que tinha habilidade com programação na faculdade mesmo.
De lá pra cá eu nunca parei com a atividade de desenvolvimento de software. Fazem 20 anos.
Eu acho que o ato de publicar algo na internet (algo com código escrito) é recompensador.

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A melhor dica que posso dar pra você quanto a estágio é: faça!

Eu entendo a sensação de se sentir despreparado, mas lembre-se, você será SOMENTE um estagiário. Ninguém espera que o estagiário saiba o que está fazendo e nem tem obrigação de saber. Está lá pra aprender, ter liberdade de fazer besteira.

Os processos seletivos geralmente põem medo na gente pois exigem muita coisa, mas isso é coisa de RH tentando lhe assustar. Se você entra, aprende e se desenvolve, NO MÍNIMO você vai poder se candidatar pra vagas de júnior daquela área depois.

Estágios também são curtos, geralmente os contratos são de 6 meses ou 1 ano, então se não gostar da área, ainda da tempo de escolher outra.

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