Prompt/Context Engineering: nova profissão ou só um novo rótulo para uma antiga?
O que vem sendo chamado de Prompt ou Context Engineering não tem quase nada de novo, apenas dá nome e formato a algo que já deveria ser feito desde sempre, Engenharia de Requisitos.
LLMs são um sistema com uma nova interface, o prompt. A lógica, porém, é a mesma. Quando estruturamos o contexto, explicitamos intenções, restrições e critérios de aceitação, estamos fazendo o que a disciplina de requisitos propõe há décadas, agora com um consumidor diferente.
O papel do "prompt engineer", na prática, é estruturar bem o contexto, extrair as intenções reais do usuário ou do negócio, e traduzir isso em um formato que a IA consiga interpretar corretamente. Isso exige precisão, clareza e, sim, seguir certos padrões e formatos específicos, mas o raciocínio central é o mesmo: entender bem para executar melhor.
O que esse formato faz de melhor é forçar o analista a escrever/documentar um processo que já é feito mentalmente, na minha opinião, esse é um dos maiores benefícios.
Parafraseando algo que ouvi na minha graduação ...há oito anos
"Se você passa mais tempo codando do que analisando e entendendo o problema, você está trabalhando errado.”
Talvez por isso o nome do curso seja Análise e Desenvolvimento de Sistemas, e não o contrário. O analista vem primeiro por um motivo: sem requisitos bem definidos, não há software bem feito.
IA é acelerador, não milagre.
Sem base, ela só corre …mais no caminho errado.
No próximo post, vou compartilhar formatos de prompts que têm funcionado na prática, sempre alinhados com princípios de engenharia de requisitos.