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Sou ingênuo por seguir esse sonho?

Entrei na área da programação porque ela me permitia, de forma acessível, realizar algo que eu queria muito quando era criança: criar ideias e mostrá-las ao mundo de forma palpável.

Desde então, sigo uma filosofia: se eu fosse criar algo, seria acessível e de uso geral. Comecei a pensar em projetos que qualquer pessoa pudesse utilizar — tanto em termos de funcionalidade quanto de acesso. Mas aí surgiu a dúvida: será que é possível conciliar essa ideia de acessibilidade e liberdade do usuário com ganhar dinheiro e ter sustentabilidade?

Um pouco sobre mim

Acho que, para saber se estou sendo ingênuo, é importante saber um pouco sobre quem eu sou.

Tenho 22 anos, minha condição financeira é estável e estou procurando meu primeiro emprego na área. Estou no último ano da faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Não sonho em ficar rico — uma vida estável já está de bom tamanho para mim.

Minha fascinação pela área

Entrei pela ideia, mas logo percebi que ensinar também é algo que me dá satisfação. Gostaria muito de ensinar outras pessoas, compartilhar conhecimento, mostrar o que fazer e o que evitar, como estruturar projetos, colocá-los no ar e fazer isso de forma prática.

Meu sonho é criar espaços onde pessoas possam aprender e ensinar umas às outras, e onde esse conhecimento se transforme em projetos reais, que sirvam para algo e ajudem quem está começando a colocar tudo em prática.

Se nossa área é assim, por que não continuar?

Conversando com meu professor, ele comentou algo que me marcou: disse que achava incrível a disponibilidade com que os programadores compartilham seus softwares. Ele disse: "Nunca vi um chefe de cozinha passando uma receita para outro. Mas vocês escrevem um código e compartilham com o mundo."

E é verdade. Nós criamos ferramentas, documentamos, abrimos código, ajudamos uns aos outros. Meu desejo é manter viva essa cultura. Levar adiante essa visão de comunidade unida, onde cada um contribui com algo que outros possam usar, adaptar, melhorar.

Enfim... sou ingênuo?

Depois de tudo isso, sou ingênuo por querer criar e trabalhar com base nessa visão? Por querer desenvolver softwares de forma mais agradável, acessível e menos predatória? Por querer que outras pessoas possam usá-los, e por desejar compartilhar conhecimento com o mundo?

Meus colegas de faculdade, ao verem um projeto meu, muitas vezes perguntam:
"Mas isso dá dinheiro?"
"Você vai lucrar com isso rápido?"
"Vai nós deixar rico?"

Mas essa não é a minha prioridade. Não é o que eu penso primeiro. O que me move é outro tipo de valor: o impacto, o acesso, o aprendizado, a colaboração.

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Primeiro, seu professor podia ter dado um exemplo melhor, chefs de cozinha passam receitas para os outros o tempo todo. Eu não vejo um farmacêutico criar um remédio e compartilhar com o mundo.

Sabia que as empresas mais capitalistas são as maiores beneficiárias dos tais softwares livres? Pois é, não se faz bem para a população vulnerável, faz pelo lucro de grandes investidores. Eventualmente há ganhos colaterais nessa população. Eu vejo até mais gente fazendo software que ganham em cima da miséria e infortúnio das pessoas.

Acho sua ideia fantástica, especialmente se ajudar quem mais precisa. Eu mesmo quero fazer algo assim, no momento o que posso fazer é ensinar sem armadilhas, sem enganar, sem fazer a apenas o que faz a pessoa se sentir bem em vez de aprender de verdade, o que eu sei que vai afastar muita gente, mas não posso fazer nada por essas pessoas.

Você não falou o que pretende fazer, então não sei se é um bom sonho. Mas em geal sonhos são interessantes. O que é importante é o que vai fazer para esse sonho se tornar realidade. Todo mundo tem sonhos, até mesmo de ficar bilionário, mas poucos fazem o que precisa ser feito para tornar o sonhos em realidade, especialmente quando ele é difícil e é realmente impossível que todos consigam chagear lá até quando fazem o esforço necessário.

Eu não gosto muito de incentivar as pessoas seguirem seus sonhos porque quase sempre a pessoa entende errado, mas eu quero sim que as pessoas façam isso, porém antes ela tem que entender que haverá dores e espinhos no caminho. Quase ninguém quer pagar o preço por isso. Se a pessoa souber fazer e estiver disposta, tem que seguir sim, é uma das melhores coisas da vida.

Além disso, veja como vai se sustentar, veja se consegue realizar seus sonhos que dependem de dinheiro. Se é sua ideia viver com o que der para dedicar ao sonho, ótimo, vejo com bons olhos, desde que você saiba o que vai abrir mão. Estará fazendo o que muitos padres fazem, não sei nem se depois de fazerem, e não cumprirem voto de pobreza.

Eu sou idealista e vou na contramão de quase tudo que vemos por aí. Já fui das pessoas mais ambiciosas que pode existir. A felicidade mora em outro lugar.

Eu tenho meu jeito, alguns gostam, outros não, mas me interessa mais em ajudar as pessoas, não importa em ficar rico, e isto me dá a liberdade de falar o que eu penso, porque não vou perder um cliente, meu objetivo não é ganhar dinheiro, mesmo que algumas pessoas achem que quero.

Também não passo fome.

Entenda que sempre é um caminho difícil, a não ser que dê muita sorte ou seja muito competente em fazer o marketing bem, até porque mesmo projetos solidários precisam de marketing.

S2


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui no perfil também).

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Assim, eu tenho um projeto open source, que é o capi cart, acho que existem muitos desenvolvedores com a filosofia de compartilhar a visão de compartilhar suas ideias com os outros de forma aberta. Há também quem só usa programação como ferramenta e nada mais, fora do trabalho nem encosta num computador e tem também o meio termo, que até faz coisas fora do trabaho mas, com foco em vender.

Então existem várias visões, te diria que fazer projetos por que gosta é uma forma tanto de treinar quanto de se divertir. Só ter noção que sua primeira vaga pode ser um pouco mais chata do que você faz fora dela.

Fora isso sucesso.

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Eu acho que não é ingênuo , na minha opinião se sua prioridade é outra, só vai, as vezes mesmo que de errado, só da pra saber tentando , se jogando, se dinheiro não é um problema no momento , não custa nada tentar.
Agora se a maioria não costuma passar conhecimento, problema é deles.
se sua meta é ensinar vai com tudo, nem tudo é dinheiro.
As vezes só tem que dar ouvidos a você mesmo e tentar.
Do mais , boa sorte!

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Isso não é ingenuidade, isso é ter um objetivo. A melhor coisa q fazemos na vida é ter algo que nós temos vontade e buscamos cumprir. Não precisa ser algo grandioso como seu, mas ter um objetivo já faz a pessoa levantar a bunda e se mover, pq se ela não tiver, ela estagna com o tempo.

Mas tbm não posso dizer q não existe problemas. Eu sou bem realista quando quero falar sobre algo, principalmente para pessoa entender que escalar uma montanha é fácil, mas desde q ela tenha noção do que esteja fazendo e a experiência prévia, pq se não tiver, altas chances de queda na primeira pedra q aparecer e tbm quanto mais instável for a corda, pior pode ser a queda.

O que quero dizer é q nunca, mas nunca msm negligencie suas finanças. Infelizmente dependemos muito de dinheiro, não tem como escapar dessa realidade. Vc não precisa querer ser rico, ou fazer um super projeto para ganhar muito e muito dinheiro, não precisa viver para o dinheiro. Mas precisa sempre ter um ganha pão. Isso é uma obrigação se vc quer fazer algo bom para o mundo. É aquela, vc acha q é mais fácil ajudar as pessoas sem dinheiro, ou ajudar as pessoas com dinheiro? Então busque sempre de alguma forma ter uma renda. Se for fazendo algo q gosta, melhor ainda, senão pegue aquela oportunidade q aparecer.

Outra coisa é o tempo. Ter objetivo é caro, ainda mais se seu foco não é financeiro. Então vc terá q pelo menos separar sua vida em 3 partes. Seu dia-a-dia (comer, tomar banho, lazer, dormir), seu trabalho e seu projeto. Quanto mais coisas vc coloca ali no meio, mais difícil será gerenciar isso. Mas ter noção disso e se possível administrar superficialmente já ajuda bte.

A última coisa é o projeto. Não vou opinar sobre como deve ser e tals, mas uma coisa q quero comentar q nada é de graça. O que quero dizer com isso: Vc pode deixar o projeto de graça, opensource e mtas outras coisas, mas lembre q vc tem q pagar servidor, vc tem q comprar um domínio, vc tem q gerenciar todas essa parte de gastos. Até msm se vc msm quiser construir seu próprio servidor caseiro, lembre q existe gasto de energia elétrica, preços dos equipamentos, etc. E alguém tem q pagar tudo isso. Então assim, tenha em mente disso se for botar isso no ar. Se for só código fonte q vc deseja criar, ai é outra história, dá pra colocar no github e pronto.
Mas assim, vc não precisa necessariamente gastar com isso, dá pra vc pedir doações, dá pra vc pedir alguém pra investir no projeto, dá pra até vender. Cada um tem seus prós e contras e quem deve decidir o q é melhor para seu projeto é vc.

Então assim, nesse início apenas comece. O sonho é grande, mas de nada adianta sonhar alto se vc não souber colocar isso no papel. Aproveite enquanto vc ainda tem um pouco de tempo antes de trampar, para entender e conhecer melhor o q vc quer, e conforme o tempo vc vai percebendo a verdadeira dimensão do seu projeto. Uma coisa é pensar no geral funcionando, outra é implementar o botão funcionando. Então vai fundo e divirta com o processo.

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Normalmente trabalhar em algo por amor, dá retorno, mas demora claro, porque você só está pensando nas funcionalidades e não em modelo de negócio.

Eu acho que sim você deve continuar no seu caminho, mas deve garantir o básico, não querer ficar rico não é um problema, mas você é novo então não vou usar as palavras estagnar, zona de conforto, etc.

Eu gosto de ensinar também, e ensinar é uma das melhores formas de aprender, porque você não cria uma plataforma semelhante ao Duolingo mas direcionado a programação por exemplo?

Se você tem prazer nesses projetos continue, em algum momento um deles vai atingir uma parcela de pessoas dispostas a te pagar por isso.

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Ingenuidade típica da idade, todos passamos por isso quando se é novo.

A realidade é que o tempo é o maior professor,pois ele ajuda a diferentes mestres a nos ensinar o que precisamos aprender.Se vamos, é outra estória...rs