Você pediu pra IA revisar um projeto denso, com termos técnicos avançados, e se surpreendeu porque ela não teve o mesmo contexto que você, um ser humano envolvido no projeto há semanas ou meses, tem. Ué... sério?
Mas aí vem o mais curioso: você pediu justificativa, e ao perceber que ela recuou ou mudou o tom, concluiu que ela “bajula”. Mas será que ela bajula… ou será que só está ajustando a resposta ao seu contra-argumento, como qualquer pessoa razoável faria numa conversa técnica de verdade?
A diferença é que, quando um estagiário muda de opinião depois que você aponta um furo, você chama de aprendizado. Quando uma IA faz isso, você chama de armadilha.
A real é que a IA é um reflexo brutal da maneira como você conduz o diálogo.
Se você busca validação, ela dá. Se você confronta, ela recua. Se você desafia, ela explica, ou tropeça.
E é justamente aí que mora o poder: ela força você a pensar, a questionar, a não aceitar resposta pronta.
Isso não é um risco. É um treino.
A IA não substitui sua análise. Nunca prometeu isso. Mas ela amplia. Ela tensiona. Ela provoca.
E se você se incomodou porque ela pareceu “ceder fácil demais”, talvez o incômodo maior seja perceber o quanto você mesmo pode estar esperando demais de uma ferramenta, e entregando de menos como pensador crítico.
No fim, a armadilha não é a IA.
A armadilha é usar uma ferramenta tão poderosa esperando que ela pense no seu lugar… e depois culpar ela quando você não questiona.
Fica ligado! 😉