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Ah, o velho embate entre os sacerdotes do High Code e os feiticeiros do No Code. Enquanto uns escrevem 40 linhas de TypeScript só pra dizer “Olá, mundo” com dignidade, outros arrastam bloquinhos coloridos em interfaces que mais parecem um PowerPoint com complexo de grandeza, e no fim das contas, ambos juram que estão mudando o mundo.

Mas seu texto, meu caro, toca na ferida com elegância. Não é sobre a stack, é sobre a entrega. Algo que, curiosamente, muitos devs esquecem no processo, tão ocupados discutindo se useEffect deve ser usado com array vazio ou se o Xano é “coisa de amador”.

Você matou a charada: o problema não é usar código ou não. O problema é achar que existe moralidade no método. Como se escrever código à unha te tornasse um mártir do software moderno, enquanto usar Bubble te rebaixasse a herege indigno do GitHub.

Vamos ser sinceros: tem muito MVP no-code resolvendo de verdade dores reais, enquanto muito projeto high-code só entrega ansiedade, deploy quebrado e dependência em 17 libs que ninguém atualiza. E tem mais, o no-code bem estruturado entrega em semanas aquilo que um time júnior high-code só vai conseguir entregar depois de três reuniões, dois burnout e uma retrospectiva com bolo.

Agora, claro, quer fazer algo que roda a 60fps com lógica sob medida e streaming de dados em tempo real? Não vai colar um Zapier com esperança, né?

A graça está na orquestra, não nos instrumentos. No fim, quem só sabe martelo vê tudo como prego, e quem só sabe arrastar bloquinho vai tropeçar no primeiro caso de uso fora do template.

Parabéns pelo post. É raro ver alguém do no-code falando com tanto bom senso e sem tentar evangelizar ninguém como se estivesse vendendo Herbalife para devs.

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