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A Execução é o Plano: Lições do Campo de Batalha do Empreendedorismo

Essa semana, ao revisar o planejamento estratégico da empresa, revisitei alguns livros antigos. Um deles, Execution Premium, dos clássicos Kaplan e Norton, me pegou de novo.

Apesar de tratar principalmente de planejamento estratégico, o livro se destaca por mostrar como conectar o plano à operação e transformar execução em resultado real.

Mesmo publicado há anos, continua extremamente atual. Por quê? Porque trata de um problema crônico — a distância entre o que se planeja e o que realmente se faz.

E isso não acontece só em grandes empresas. Pelo contrário — nas pequenas, onde o dia a dia é imprevisível, o plano costuma ser o primeiro a ir para a gaveta.

💡 O problema não é planejar. É sustentar o plano.
Já vivi isso várias vezes.

Fazer um plano grandioso, cheio de detalhes… E, um mês depois, ele já estar pegando poeira na gaveta. Ou pior: ser executado de forma tão distorcida que nem se reconhece mais.

Isso pode acontecer tanto com um plano estratégico anual quanto com o planejamento de um projeto ou serviço específico.

Como diria Mike Tyson: "Todo mundo tem um plano até levar o primeiro soco na cara."

E a verdade é que, na minha própria jornada, aprendi isso da forma mais dura. No começo da Ária, tínhamos uma meta simples: crescer devagar, com objetivos modestos.

Mas em menos de 5 meses, fechamos um projeto tão grande que tivemos que triplicar a equipe, criar processos do zero e lidar com um cliente altamente exigente.

Planejamento? Fizemos. Montei um plano completo baseado no PMBOK — até pensava em tirar a certificação na época. Mas na hora da execução, nada saiu como planejado.

O primeiro mês ficou muito abaixo da média esperada. No segundo, mais uma bomba. O cliente exigia apresentações diárias e contramedidas rápidas.

Foi o "soco na cara" que nos fez reaprender: planos são importantes, mas sem acompanhamento e agilidade, viram papel inútil.

Redesenhamos tudo. Foco no essencial. Indicadores simples. Revisão constante.

E aí sim, os resultados começaram a vir.

Recuperamos o atraso, aumentamos a produtividade e entregamos o projeto com folga — um ciclo completo de aprendizado.

🔄 O plano era simples — mas a execução, metódica
Depois desse projeto, ainda cometi alguns erros tentando montar planos muito elaborados para a empresa como um todo.

O problema? A complexidade aumentava e a execução travava.

Foi só depois de mais um tropeço que decidi mudar.

Planejamento simples. Execução metódica.

Nada de metas mirabolantes ou apresentações em PowerPoint. O foco era criar um ritmo que eu realmente conseguisse manter.

Passei a revisar indicadores semanalmente, acompanhar ações de perto e fazer ajustes rápidos.

Aí entra o livro Gestão da Rotina do Trabalho do Dia a Dia, do Falconi.

O ensinamento central é claro: se você organiza bem a rotina, os problemas aparecem e podem ser resolvidos com consistência.

Comecei aplicando isso em mim.

Os dias estavam caóticos. A sensação era de que a semana passava e os resultados não vinham.

Ajustei minha rotina para focar no que mais precisava de atenção: o comercial.

Nossa empresa é de serviços. Terminou um projeto, está desempregada.

Redesenhei processos, criei uma cadência de prospecção e dei mais previsibilidade à operação.

Levaram 6 meses para os resultados começarem a aparecer — mas eles vieram. E com consistência.

🔁 A disciplina da execução vem antes do plano perfeito
Esse é o ponto principal:

Não é que o plano está errado. É que falta um sistema para sustentá-lo.

Pergunte a si mesmo:

Qual foi a última semana em que você fez tudo o que era importante?

O que você acompanha que realmente muda os resultados?

Executar bem exige base simples, mas firme:

Um plano claro: onde você quer chegar, como vai chegar e o que vai medir.

Um grupo pequeno de indicadores.

Uma rotina semanal de revisão.

Coragem para ajustar o plano diante da realidade.

E não precisa fazer isso com tudo.

Escolha uma área crítica — talvez vendas — e defina um objetivo para os próximos 3 meses.

Escreva em papel. Acompanhe em papel.

Depois, com disciplina estabelecida, a tecnologia pode entrar para escalar — não para atrapalhar.

No fim das contas, o que gera resultado não é o plano, nem o software — é o ritmo que você consegue manter.

E você, como tem lidado com a distância entre o plano e a execução na sua rotina? Compartilhe sua experiência nos comentários.

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Muito obrigado por compartilhar esse conteúdo.
Já ouvi dizerem que "na prática a teoria é outra” e também já ouvi dizer que "o mapa não é o território".
São afirmações que concordam com sua explicação.

A gente que programa muitas vezes cria pequenas 'todo lists (mentais)'.
Tipo corrigir a linha 55, depois mudar aquela variável (aqui e ali) e depois abrir o arquivo index...

Acho que as vezes acontece de seguirmos as 'todoList' e levarmos essa organização para outras áreas da vida.

Eu tenho estado satisfeito na medida do possível. Algumas áreas da vida estão melhores e outras nem tanto... Eu tenho produzido bastante mas não está vindo retorno financeiro. Sinto que estou fazendo minha parte. Cumprindo meu papel. Seguindo meu plano.

A área profissional é um dos pilares da minha vida. Eu 'escolhi' ser programador e programar é uma atividade recompensadora.

😀

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Boa é isso ai mesmo!

A disciplina da execução é isso, juntando isso com um bom plano e conseguindo acompanhar se você está fazendo progresso na direção do seu objetivo é que te da super poderes.

Só cuidar pra não virar tarefeiro e ficar patinando, fora isso é seguir o plano que o resultado vem.

Obrigado pela leitura. Grande abraço.

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