Criar para compreender: do envio de arquivos à essência das coisas
Recentemente, escrevi um pequeno sistema de envio de arquivos em Zig.
De um lado, zetasend
envia. Do outro, zetareceive
escuta e salva.
À primeira vista, é algo simples. Mas no fundo, havia um propósito mais profundo:
não apenas usar a máquina — mas compreendê-la.
🧭 Meu método é estranho
Não começo pelos livros.
Não assisto aulas esperando que o saber me invada.
Eu crio — e só então, o conhecimento começa a se revelar.
A teoria, para mim, é consequência da prática.
Cada erro me obriga a buscar. Cada tentativa falha abre um novo caminho.
Esse pequeno projeto me ensinou mais sobre buffers, TCP e design de linguagens do que qualquer curso online.
E isso tem um valor inegociável: é conhecimento vivido, e não apenas consumido.
✳️ Criar para entender
Quero entender como funciona um sistema operacional — então estou fazendo um.
Quero saber por que Python é lento — então estou reescrevendo uma linguagem que toma decisões opostas às dele.
Não para competir, não para reinventar a roda.
Mas para ver de dentro aquilo que só é visível a quem constrói.
☕ Contra o consumo passivo
Consumir é necessário. Mas só criar transforma.
Ao criar, você confronta a complexidade, o detalhe, o erro — e é nesse confronto que algo muda dentro de você.
É como desmontar um relógio, não para consertá-lo, mas para sentir o tempo de outra forma.
Esse projetinho em Zig não era sobre transferir arquivos.
Era sobre enxergar o invisível, sobre tocar a rede com as mãos, sobre entender o que antes era opaco.
Estou criando porque quero compreender.
Um sistema operacional.
Uma linguagem de programação.
Uma maneira de pensar.
Pensei em fazer um vídeo sobre isso. O que acham?