# 🐍 Python: Do Scripts a Produtos Reais
Existem duas formas de aprender programação:
Estudando linguagens por anos.
Ou resolvendo problemas reais.
Adivinha qual delas optei?
(Spoiler: não é a que te deixa preso em tutoriais eternos.)
1. 📅 O Dia em Que Um Script Mudou Tudo
Eu já era freelancer, focado em BIs e tudo começou com uma frustração mensal: eu perdia ⏰ 4 horas toda semana baixando relatórios de sistemas diferentes e consolidando manualmente numa planilha. Algo que não dava para fazer com o Power Query.
Entrar em sites, copiar, colar, formatar. Era um ciclo sem fim.
Até que lembrei que tinha acabado de estudar Python. Então, abri o editor e escrevi umas 60 linhas com requests e pandas.
Pronto. O que levava uma tarde agora acontecia em ⏱️ 3 minutos.
A sensação foi revolucionária.
Python deixou de ser "mais uma linguagem" e virou minha ferramenta de produtividade — a chave para automatizar o tedioso e focar no que importa.
2. 💰 Do Hábito à Primeira Grana (Sem Querer)
Os pedidos começaram a surgir naturalmente:
"Dá pra automatizar meu relatório semanal?"
"Consegue monitorar os preços da concorrência?"
"É possível criar dashboards fora das limitações do Power BI?"
Dava. E dava pra cobrar.
Sem discurso de startup, sem modinha — apenas código resolvendo problemas reais.
Planilhas que se atualizavam sozinhas, dashboards que nasciam do zero, dados que finalmente faziam sentido.
A ficha caiu: ninguém paga por código bonito. Pagam por problemas que desaparecem.
3. 🔧 Quando o Brinquedo Virou Ferramenta Profissional
Com o tempo, os scripts evoluíram.
Gambiarras úteis viraram sistemas completos: APIs de dados da Receita Federal, sistemas web com login e segurança robustos, automações, scraping de dados, pipelines confiáveis.
Cada projeto me levou para novos territórios — logs, tratamento de erros, deploy, segurança, arquitetura.
Python me profissionalizou sem precisar trocar de ferramenta.
Enquanto outros debatiam qual framework era mais "enterprise", eu já estava entregando valor — e ganhando valor.
4. 🚀 Produtos, Não Projetos (A Virada)
Um dia veio a pergunta óbvia: se resolvo problemas pontuais para empresas, por que não transformar isso em receita recorrente?
O script que raspava dados virou serviço de assinatura.
O dashboard sob demanda virou SaaS.
Pequenas e médias empresas passaram a me pagar para administrar servidores onde meus serviços rodam. Passei tb a atuar em IaaS
Nem tudo deu certo. Alguns produtos não decolaram. Mas Python se tornou meu laboratório de baixo risco.
5. 💡 O Que Fica Quando a Poeira Baixa
No final, a fórmula é simples — mas muitos ignoram por ficarem procurando glamour:
→ Comece com a linguagem que você domina
Cliente não quer saber se é Selenium ou Puppeteer fazendo o scrape. Quer os dados do concorrente na mesa dele.
→ Resolva dores reais
Ninguém compra tecnologia. Compram tempo, tranquilidade, eficiência.
→ Use o ecossistema
A comunidade já construiu 80% do que você precisa. Não reinvente a roda.
→ Comece pequeno
Todo grande sistema começou como um script simples.
→ Performance vem depois
2ms ou 200ms? Para a PME que faz tudo manual e ainda usa Excel, tanto faz. Mesmo empresas maiores só se importam com performance em poucos casos críticos.
Python não virou "minha linguagem favorita".
Virou meu motor de liberdade profissional — do primeiro script que salvou minha tarde ao SaaS pingando todo mês na conta.
E o mais irônico?
Tudo começou porque eu estava cansado de copiar e colar dados.
A pergunta que fica: que tarefa repetitiva você poderia automatizar ainda esta semana?