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A era da IA trouxe o fim a era da humanidade?

A IA vai substituir todos os humanos e vamos viver uma distopia que fará com que o livro 1984 se torne história para criancinhas?

Mas e se eu te dissesse que você está olhando para o lugar errado? Existe uma beleza escondida na transformação que passaremos nos próximos anos e décadas.

Que beleza? Você vai me questionar, talvez lembre de alguns dados, como por exemplo, que 2,4 bilhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar no mundo. Que beleza é essa então?

Como ver beleza nisso? Com certeza não é possível, isso é o feio. É a nossa cicatriz.

Mas estamos tentando mudar, melhorar, resolver esses problemas, e isto é realmente lindo.

Há maravilhas no mundo. Mas existe também esgoto e plástico destruindo nossos mares. E nem cabe o pronome nosso, a Terra é verbo, não é possível ser substantivada. E enquanto uns tentam destruir, substantivar. Outros reconstroem, e isso sim, é lindo.

É a beleza de nossa espécie. Saímos de cavernas para a Lua. Embora eu sozinho, certamente, morreria de fome e sede em alguns dias se não tivesse os alicerces de todos os outros humanos que vivem e viveram comigo nesta Terra.

Mas como espécie nós estamos sobrevivendo, aprendendo com os erros, e por mais que a sua bolha pareça que tudo está perdido, nós estamos caminhando para a beleza e não para o abismo. E a IA não será o fim do nosso mundo.

Nós somos mais fortes que parecemos. Mas é claro, que apenas conseguimos fazer isso juntos. E a IA mostra isso. Hoje ela já supera qualquer ser humano em conhecimentos gerais. É uma grande enciclopédia com tudo que nós já produzimos escrito e publicamos na internet.

Muitas vezes sentimos um desespero e uma noção de inutilidade de nossa existência, diante de tanta grandeza da IA. Mas volto a repetir, ela só supera individualmente, quando todos nós juntamos tudo o que fazemos, e todas as tecnologias que construímos, ela não chega nem perto.

É apenas mais uma ferramenta que utilizamos para tornar a nossa vida mais confortável nesse mundo de tantas injustiças.

E caberá a nós também, pensar numa maneira de coexistir com ela. E quem sabe, usar realmente como ferramenta para diminuir os problemas do mundo, quem sabe acabar com a insegurança alimentar?

A era da humanidade talvez esteja começando agora, sem termos que trabalhar tanto para comprar coisas que não precisamos, talvez consigamos pensar uma ou duas vezes por dia.

E se nós começarmos a pensar sobre nossa própria humanidade, sobre o motivo de nossas consciências, sobre a harmonia que precisamos construir uns com os outros.

Talvez possamos deixar de sermos tão egoístas e nos libertar da escravidão que é viver apenas para a realização de desejos superficiais e que não tem a ver com a nossa alma, mas nosso corpo. E isso sim, marcará o início da era da humanidade.

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Muito interessante essa reflexão, apesar de discordar de grande parte.

Mas como espécie nós estamos sobrevivendo, aprendendo com os erros, e por mais que a sua bolha pareça que tudo está perdido, nós estamos caminhando para a beleza e não para o abismo.

Do ponto de vista puramente material estou de acordo.

ela só supera individualmente, quando todos nós juntamos tudo o que fazemos, e todas as tecnologias que construímos, ela não chega nem perto.

Gosto de pensar em LLMs como um zip da internet com uma compressão bastante agressiva (com perda de nitidez/detalhes), ainda temos que criar coisas novas e acho que isso não mudará.

A era da humanidade talvez esteja começando agora, sem termos que trabalhar tanto para comprar coisas que não precisamos, talvez consigamos pensar uma ou duas vezes por dia.

No seu texto você descreve cenários opostos (fome e abundância) como se só um fosse realidade. Já temos abundância para uma parte significativa da humanidade e isso não levou a pensamento.
Hoje fazemos críticas intermináveis as novas gerações que estão presas nas redes sociais. A abundância que nos permite trabalhar menos não foi usada para pensar, mas para fugir da realidade usando o entretenimento.

Talvez possamos deixar de sermos tão egoístas e nos libertar da escravidão que é viver apenas para a realização de desejos superficiais e que não tem a ver com a nossa alma, mas nosso corpo. E isso sim, marcará o início da era da humanidade.

O futuro que você descreve (não importa se teremos ou não ajuda da IA) meio que já aconteceu e não foi como você esperava.

Concluindo: os problemas materiais podem ser resolvidos com tecnologia, o ser humano não. Estou convencido disso.

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Do ponto de vista utilitarista positivista concordo com tudo isso.
Sendo realista acredito na distopia mesmo. E também é provavel que a ia vai agravar ainda mais os problemas de saude mental que o mundo contemporaneo ja sofre, espero que encontrem uma maneira de mitigar isso antes que o desastre aconteça.