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Trazendo uma SmartNIC para o home lab

Você já pensou em colocar uma placa de rede digna de datacenter num PC gamer aposentado? Pois é, eu pensei — e fiz. Comprei uma Netronome Agilio CX 2x25GbE, enfiei no meu servidor doméstico e comecei o ritual pra tentar dar vida a ela. A missão? Fazer esse troço funcionar.

Decidi escrever sobre a jornada, que envolveu firmwares escondidos em arquivos compactados, opções arcanas perdidas nas profundezas da UEFI e fluxo de ar improvisado para combater temperaturas infernais. Se você curte hardware fora do habitat natural, gambiarras de gosto duvidoso e sofrimento técnico com final (mais ou menos) feliz, este texto é pra você. Deixo aqui o link para o artigo completo.

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Confesso que entrei no post sem saber nada, li o artigo e não entendi nada mesmo assim. Porém, a forma como você relatou me deixou bastante curioso e durante a leitura eu ficava cada vez mais interessado pra saber como você solucionou os problemas (mesmo sem conhecimento sobre o assunto).

Curti muito da maneira que você contou e acredito que devíamos ter mais posts assim, logo que a programação não é a única área de tecnologia e até mesmo os próprios programadores às vezes têm interesse em conteúdo dentro da área de tecnologia que não seja código ou IA.

No mais, parabéns pelo post e fico no aguardo para os próximos relatos :)

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Acontece! hahah

Um comentário que já ouvi é que assuntos assim são “nicho do nicho”. Mesmo pra quem trabalha com redes, SmartNIC está longe de ser um tópico comum. É uma solução relativamente complexa criada para resolver problemas que só existem em ambientes de larga escala, como datacenters de provedores de nuvem.

A maioria das pessoas nunca vai ver algo assim, a não ser que trabalhe em um desses ambientes ou que seja (estranhamente!) curioso o suficiente pra correr atrás disso.

Eu, pessoalmente, ouvi sobre pela primeira vez através do “amigo de um amigo”: mais especificamente, um amigo comentou que alguém que se formou com ele foi trabalhar na Microsoft e estava fazendo algum projeto relacionado à infraestrutura da Azure. E a segunda vez foi quando um dos SmartNICs da Microsoft (conhecido pelo codenome Storey Peak) veio parar na minha mão.

A Storey Peak tem um hardware excelente e é amplamente documentada online. Porém, é bastante complicado fazer algo com ela na prática (pelo menos sem ferramentas internas que a Microsoft certamente tem). Quem mais se interessa por ela são hobbyistas que usam pra programar o FPGA dela diretamente, em Verilog.

Muito obrigado pelo teu comentário! Eu tentei deixar o texto técnico, porém o mais atrativo possível, justamente pra despertar esse interesse nas pessoas que já são de TI mas não necessariamente tiveram contato com algo assim. Fico feliz de saber que consegui despertar essa curiosidade em ti. =)

Abraços!

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Show de bola, gostei muito do post.
Por um acaso você já tentou fazer offload de alguma lógica usando XDP?
Nos mantenha atualizado da sua jornada, abraços!

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Valeu pelo comentário!

Por enquanto, estou experimentando P4. É uma linguagem bem de nicho e, no meu caso (e talvez na indústria inteira), com aplicações práticas bem limitadas. A própria Netronome já não foca mais nela: eles ainda disponibilizam os SDKs antigos, mas os releases mais novos já não suportam mais P4. Mesmo assim, estou dando uma olhada só pela curiosidade técnica mesmo.

Pra aplicar no mundo real, pretendo seguir com eBPF/XDP mesmo. A Netronome tem uns vídeos legais sobre (tipo essa demonstração), mas ainda não cheguei a testar na prática.

Também estou vendo como consigo atualizar o lab pra empurrar pelo menos alguma carga de testes pra Agilio CX. Dificilmente eu conseguiria os 25 Gbps nesse momento (precisaria de cabo, de uma placa-mãe nova por conta dos problemas do PCI Express, etc.), mas 10 Gbps é feasível.

E sim, a intenção é continuar escrevendo sobre! Se te interessar, dá pra se inscrever gratuitamente lá no meu Substack pra receber as próximas postagens.

Abraços!