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2 min de leitura ·

A “Maturidade de Richardson” é inútil e você deveria parar de perder tempo com isso

Vamos parar de fingir que o "Modelo de Maturidade de Richardson" é relevante em 2025.

Você não está medindo a maturidade da sua API. Você está avaliando quantos elementos RESTful conseguiu forçar em cima de um modelo de comunicação — independentemente de custo, clareza ou necessidade.

Aqui está o reality check técnico:

🔸 Nível 1 e 2 são o básico do HTTP, não “maturidade”
Separar recursos por URI e usar os verbos HTTP corretamente não é arquitetura. É o mínimo viável para trabalhar com HTTP. Celebrar isso como “nível de maturidade” é como dar medalha pra criança que aprende a andar.

🔸 Nível 3 (HATEOAS) é a grande farsa
Essa camada “superior” obriga a API a navegar a si mesma por meio de links embutidos nos payloads.

O que isso oferece na prática? Ambiguidade, dificuldade de versionamento, documentação inconsistente e um acoplamento implícito que quebra a escalabilidade.

Quem consome sua API? Uma máquina. Ela precisa de um contrato claro, não de um mapa de links interativos.

Nenhuma API de verdade em produção (Stripe, GitHub, Twilio, AWS, etc.) usa HATEOAS. Sabe por quê? Porque ninguém tem tempo de construir um labirinto navegável quando se pode ter endpoints claros e previsíveis.

🔸 Total irrelevância para critérios reais de maturidade. O modelo ignora:

  • Evolução de contratos

  • Cacheabilidade eficiente

  • Resiliência e tolerância a falhas

  • Monitoramento e observabilidade

  • Estratégias de autenticação e autorização

  • Backward compatibility e versionamento

  • Governança e padronização de payload

Mas tudo bem, você está no “Nível 3”. Só esqueceu de entregar uma API usável.

🔸 Diagnóstico final
O Modelo de Richardson serve pra uma coisa só: encher de buzzwords a apresentação de algum arquiteto que aprendeu REST em artigo de 2009 e parou no tempo. Ele tenta medir a qualidade de um contrato de API com base em estética semântica de protocolo.

Resumo técnico:
Você não mede maturidade de API pelo número de “rel=self” no JSON.
Você mede por clareza, estabilidade, performance e compatibilidade com seu domínio de negócio.

E nisso, o modelo de Richardson é completamente irrelevante, ineficaz e tecnicamente ultrapassado.

Se você ainda usa esse modelo como referência arquitetural:
📌 Pare. Atualize-se. Você está travando seu time num mundo que não existe mais.

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